O
início do ano no Ceará foi marcado pelo aumento da alíquota do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou de 18% para 20%. A
mudança, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro, não apenas refletirá nas
finanças do estado, mas também terá um impacto direto no bolso dos
consumidores, especialmente no setor farmacêutico. O aumento na alíquota
resultará em um acréscimo de quase 3% no preço dos medicamentos para os
consumidores, segundo o presidente da Rede de Farmácias Santa Branca, diretor
do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do
Ceará (Sincofarma) e diretor da Confederação Nacional do Comércio, Maurício
Filizola.
A
expectativa é que os efeitos dessa mudança se manifestem nas prateleiras das
farmácias nos próximos dias, refletindo uma nova realidade fiscal que exigirá
adaptações por parte dos consumidores e empresários do setor. Além da alta do
ICMS, o reajuste anual definido pela Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos (Cmed) que é autorizado pelo governo, programado para dia 31 de
março,deve impactar ainda mais no valor
dos remédios. Em 2023, o índice de
reajuste da Cmed foi de até 5,6% em todo o país.
“Essa
mudança na alíquota do ICMS reflete diretamente nos custos de produção e
comercialização de medicamentos. Como os medicamentos têm um tabelamento
nacional o qual está relacionado ao preço de fábrica e ao preço máximo vendido
para o consumidor, com base na alíquota de ICMS que é adotada no estado,
compromete a rentabilidade das farmácias e, consequentemente, afeta o
consumidor final. Mesmo que dois pontos percentuais de aumento da alíquota
pareçam insignificantes, esse aumento de quase 3% nos preços dos medicamentos
deve ser sentido nos próximos dias nas prateleiras das farmácias do estado”,
afirma Filizola.
A
população cearense, que já enfrenta desafios econômicos, vê com preocupação
essa elevação de impostos, especialmente em um setor tão sensível como o da
saúde. Resta agora aguardar os desdobramentos dessa mudança e como os diversos
segmentos da sociedade irão se adaptar a essa nova realidade fiscal. “Qualquer
aumento já mexe com o nosso orçamento e faz diferença, ainda mais para quem
vive com um salário mínimo. Gasto quase isso em remédios por mês. A situação
ficará cada vez mais difícil”, conta a administradora Beatriz Ferreira.
Confira
as recomendações do presidente do Sincofarma para quem utiliza medicamentos de
uso contínuo, recomendamos:
1.
Consultar nossos farmacêuticos: Nossos profissionais estão à disposição para
oferecer orientações sobre como otimizar seu tratamento e buscar alternativas
mais acessíveis, se disponíveis.
2.
Programas de Fidelidade: Incentivamos que se inscrevam em nossos programas de
fidelidade, que oferecem descontos e condições especiais.
3.
Planejamento Antecipado: Para evitar surpresas, planejem suas compras de
medicamentos com antecedência, permitindo assim uma melhor gestão financeira.
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