Mais
de uma centena de integrantes do movimento negro, representantes da sociedade
civil e intelectuais negros e negras estão no país africano para discutir temas
como a necessidade de implementação de uma justiça reparadora na luta contra o
racismo e a promoção do pan-africanismo.
Fazem
parte da delegação brasileira o professor doutor Babalawò Ivanir dos Santos,
Carlos Moura, primeiro presidente da Fundação Cultural Palmares, a professora e
filósofa Helena Theodoro, o professor Hélio Santos, da Oxfam Brasil, o ator e
diretor Antônio Pitanga, o professor Éle Semog, presidente do Centro de
Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), e a professora doutora Mariana
Gino, diretora executiva adjunta do CEAP, além de especialista em História da
África.
Também
estiveram presentes na cerimônia de abertura a vice-presidente da Colômbia,
Francia Elena Márquez Mina, e a doutora Epsy Campbell, representante da
diáspora e dos afrodescendentes e ex-primeira-ministra da Costa Rica
Com o
Brasil como convidado de honra, países africanos e representantes da diáspora
estão em Lomé, no Togo, para o 9º Congresso Pan-Africano, encontro que busca
fortalecer e renovar as relações entre povos de origem africana e reafirmar o
papel do continente no cenário global.
Ao
longo de cinco dias, teve início na segunda-feira (8) e segue até sexta-feira
(12) o congresso debate temas centrais como: justiça reparatória no combate ao
racismo; a renovação do pan-africanismo e a autodeterminação dos povos
africanos e seus descendentes; o fortalecimento do papel da África no sistema
internacional; a reforma das instituições multilaterais; a restituição do
patrimônio cultural africano.
O
babalawô e professor Ivanir dos Santos, integrante da delegação brasileira,
ressaltou a relevância histórica da iniciativa: “Esse encontro abre uma nova
perspectiva na agenda por reparação, não apenas no Brasil, mas em toda a
América Latina, no Caribe e no mundo.”
Para
Ivanir, o congresso pode impulsionar uma articulação renovada entre países
africanos e suas diásporas, fortalecendo vínculos culturais, políticos e
sociais em escala global.

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