terça-feira, 16 de dezembro de 2025

LEI DO SILÊNCIO NAS FESTAS DE FIM DE ANO

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Com a chegada das festas de fim de ano, muitas pessoas realizam festas e confraternizações em seus condomínios. Esse movimento, embora comum neste período, também costuma aumentar o número de conflitos relacionados ao excesso de barulho,  que ainda é a principal causa de desentendimentos entre vizinhos, segundo o Censo Condominial Brasil 2024-2025. 

Diante disso, é importante entender como funciona a aplicação da chamada “Lei do Silêncio” para evitar problemas e garantir uma convivência equilibrada. Ao contrário do que muitos acreditam, não existe uma norma única e nacional, na verdade, existe um conjunto de leis federais, municipais e técnicas que regulam o ruído e garantem o direito ao sossego.

Raphael Fontoura, CEO da MyBlue e advogado condominial, explica que normalmente os municípios utilizam os parâmetros estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para regular o nível de barulho. Em áreas residenciais, é determinado que durante o dia, das 7h às 20h, o limite do barulho é de até 55 decibéis, enquanto durante a noite, das 20h às 7h, é de no máximo 50 decibéis.

“O que um condômino precisa entender é que durante o dia barulhos um pouco altos são liberados. Mas já à noite precisam ser reduzidos em respeito aos outros moradores. Além disso, é importante estar alinhado com as normas estabelecidas pelo condomínio, que permitem muitas vezes barulhos até 22 horas”, explica Fontoura.

No entanto, quando sons altos ultrapassam o horário permitido, o responsável está sujeito a multa. Para ela ser aplicada, é preciso passar por algumas etapas. A primeira é a reclamação formal, feita ao síndico pelo morador que se sente prejudicado pelo barulho. O recomendado é que seja acompanhado de vídeos, áudios ou medições de decibéis para provar a perturbação. Após isso, é emitida uma advertência formal ao responsável, permitindo que o morador ajuste a conduta. Se o barulho persistir após o aviso, a multa já pode ser aplicada.

Fontoura salienta que a multa pela quebra da lei do silêncio varia de acordo com o definido na convenção e no regimento interno do condomínio. Porém, normalmente, a pena varia entre 10% e 20% da taxa condominial, enquanto em casos mais graves o valor pode aumentar.

“Caso um morador descumpra as regras de forma reiterada, a multa pode ser até 5 vezes o valor do condomínio, desde que aprovada por 3/4 dos demais condôminos. Caso o comportamento do responsável seja considerado anti-social e esteja prejudicando gravemente a convivência, o valor da multa poderá ser até 10 vezes o valor da taxa condominial, mediante nova deliberação da assembleia”, fala o especialista.

Em um período em que as celebrações tendem a se estender pela madrugada, conhecer as regras e os limites legais torna-se fundamental para evitar conflitos e garantir que todos possam aproveitar as festas sem prejuízos à convivência coletiva. A compreensão do funcionamento da lei do silêncio, assim como do processo de advertência e multa, ajuda a prevenir desgastes, preserva o equilíbrio entre o direito ao lazer e ao descanso e reforça a importância do respeito mútuo dentro dos condomínios.


 

CICLO NATALINO 2025 DE FORTALEZA

Banner de divulgação

A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor), anuncia a programação do Ciclo Natalino 2025. Ao todo, 24 projetos, entre manifestações natalinas tradicionais e grupos de projeção parafolclóricos, irão se apresentar em bairros de todas as Regionais da cidade, promovendo o acesso à cultura e o fortalecimento das tradições populares em territórios diversos.

A programação tem início no dia 17 de dezembro, com apresentação do Grupo Avia de Teatro, na calçada do Theatro José de Alencar, no Centro, marcando a abertura da programação cultural. A partir dessa data, as atividades se espalham pelas 12 Regionais de Fortaleza, contemplando bairros, como Centro, Monte Castelo, Pici, Curió (Lagoa Redonda), Farias Brito, Cristo Redentor, Barra do Ceará, Conjunto Ceará, Parque Dois Irmãos, Praia de Iracema, Sabiaguaba, José Bonifácio e Rodolfo Teófilo.

Ao longo da agenda, o público poderá acompanhar apresentações de grupos, pastorais, lapinhas, bois e reisados, valorizando as tradições natalinas e a cultura popular cearense em equipamentos culturais, praças, centros comunitários e espaços públicos da cidade. As apresentações seguem até o dia 20 de janeiro, encerrando o Ciclo Natalino com o espetáculo Reisado Maracatu, a Coroação da Cultura Popular, na sede do Maracatu Corte Imperial, no bairro José Bonifácio.

“O Ciclo Natalino é uma expressão fundamental da nossa cultura e um momento de celebração das tradições que atravessam gerações. Apoiar essas apresentações é reconhecer a força das expressões comunitárias e a potência criativa presente nos bairros de Fortaleza”, ressalta a secretária municipal da Cultura de Fortaleza, Helena Barbosa.

Serviço

Programação especial do Ciclo Natalino 2025

Período: 17 de dezembro de 2025 a 20 de janeiro de 2026

Horários e locais diversos


 

25 ANOS DA LEI DA APRENDIZAGEM

Humberto Casagrande

Em 19 de dezembro de 2025, a Lei da Aprendizagem, de número 10.097/2000, completa 25 anos como uma das políticas públicas mais relevantes para a inserção de adolescentes e jovens no mercado de trabalho. Desde sua criação, já beneficiou 6,2 milhões de jovens, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ao promover formação técnico-profissional, ampliar oportunidades e fortalecer a cidadania. A própria evolução dos números mostra esse impacto: segundo o CAGED, em setembro de 2025 o Brasil alcançou o recorde de 710.875 jovens aprendizes com vínculos formais, um reflexo do fortalecimento contínuo da lei.

Para Humberto Casagrande, CEO do Centro de Integração Empresa Escola - CIEE, o impacto da Lei é próspero e catalisador para a transformação social. “A Aprendizagem Profissional é uma política pública que combina inclusão social, desenvolvimento humano e preparação para o futuro do trabalho. A cada ano, vemos mais jovens iniciarem suas histórias profissionais com dignidade e perspectiva. Celebrar 25 anos dessa Lei é reconhecer sua efetividade e reforçar o compromisso de ampliá-la.”

Ao longo dos 25 anos, com o objetivo de estimular e fortalecer a legislação, as entidades e empresas que compactuam com o seu propósito foram criados, como é o caso do Selo Acredita Febraeda by Audisa, lançado no último mês de novembro. Iniciativa da FEBRAEDA - Federação Brasileira de Associações Socioeducacionais de Adolescentes em parceria com a Audisa, o selo tem o intuito de conferir credibilidade para os processos e entidades que contribuem para a formação de jovens aprendizes.

Como uma das principais organizações sem fins lucrativos do Brasil dedicada à inclusão produtiva de jovens e estudantes, o CIEE participa ativamente de articulações e programas que visam aprimorar a qualidade e a abrangência da Lei da Aprendizagem, apoiando iniciativas alinhadas às necessidades da juventude como também do mundo do trabalho.

Entre as agendas prioritárias que reforçam o futuro da aprendizagem está o PL 6461/2019, que aguarda votação no Congresso Nacional. A proposta, que moderniza aspectos da Lei da Aprendizagem, aperfeiçoa regras de contratação e amplia mecanismos de proteção ao jovem trabalhador. “O PL traz ajustes importantes que tornam o programa mais eficiente, ampliam a segurança jurídica das empresas e fortalecem a proteção do jovem. É uma atualização necessária para que a legislação acompanhe as transformações do mundo do trabalho e continue garantindo oportunidades de qualidade”, ressalta Casagrande.

Ao completar um quarto de século, a Lei da Aprendizagem se consolida como um compromisso nacional com a juventude, assegurando uma determinada cota das vagas de organizações de médio e grande porte aos jovens entre 14 a 24 anos, estudantes dos ensinos fundamental, médio, técnico ou formados. “A Aprendizagem é uma política viva, que se renova a partir do compromisso de toda a sociedade”, finaliza o CEO.

CIEE 61 anos: Imparável

Desde sua fundação, o Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE, maior ONG de inclusão social e trabalho jovem da América Latina, se dedica à capacitação profissional de jovens e adolescentes. A instituição, responsável pela inserção de 7 milhões de brasileiros no mundo do trabalho, mantém uma série de ações socioassistenciais voltada à promoção do conhecimento e fortalecimento de vínculos de populações prioritárias.

Confira aqui o nosso novo logo desde agosto/2023.

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PROJETO ESCOLA DE VENDAS DA MRV FORMA MAIS DE 8 MIL CORRETORES EM TODO O PAÍS

Thiago Ely

O Fórum Econômico Mundial surpreendeu muitos trabalhadores este ano ao divulgar um relatório sobre o futuro dos empregos. Além de apontar que 59% dos profissionais no mundo precisarão passar por requalificação até 2030, o documento indica que a construção civil está entre os setores que terão o maior crescimento de empregos em termos absolutos nesse período. Embora represente uma injeção de ânimo para quem atua no setor, esse dado também reforça a necessidade de se preparar para um mercado cada vez mais competitivo.

A busca pelo aprimoramento de habilidades também interessa às empresas, pois a qualificação de colaboradores reflete no próprio desenvolvimento dos negócios. A MRV, a maior construtora da América Latina, por exemplo, investe não apenas em seu quadro de funcionários, mas também em seus parceiros. Em 2022, a companhia lançou a Escola de Vendas, uma plataforma de ensino à distância (EaD) voltada para corretores e promotores de imóveis credenciados à marca.

A plataforma oferece mais de 30 cursos livres sobre temas variados, como crédito imobiliário, marketing digital, gestão do tempo, inteligência emocional e educação financeira. O conteúdo é dividido em trilhas de aprendizagem que combinam aulas online, atividades presenciais nas lojas e encontros ao vivo com analistas de desenvolvimento humano. As metodologias aplicadas orientam o corretor em cada etapa do processo de vendas: da prospecção e abordagem até o fechamento, passando pelo pós-venda e relacionamento com o cliente. Adicional a toda vivência teórica e prática, o novo corretor conta com o apoio de um corretor coach, que está a disponível para tirar dúvidas e guiá-lo nesta jornada.

A Escola já capacitou mais de 8 mil profissionais e contabiliza cerca de 13 mil cursos concluídos. Caroline Azevedo, 34 anos, está nesta lista. Ela trabalhava com a venda de empréstimos em um banco até decidir migrar para o mercado imobiliário neste ano. Sem experiência na área, dedicou os primeiros meses exclusivamente à formação:

“O conteúdo do curso é bem extenso e consegui tirar todas as minhas dúvidas. Como nunca tinha trabalhado no ramo imobiliário, a Escola me ajudou bastante nessa jornada. Aprendi a forma correta de abordar o cliente, que é bem diferente de outros produtos que eu já tinha vendido. Além disso, me mostrou a importância de investir na capacitação”, afirma Caroline, corretora autônoma credenciada pela MRV.

Segundo os dados do Fórum Econômico Mundial, a curiosidade e o aprendizado contínuo estão entre as dez habilidades que mais devem crescer em demanda até 2030. Na Escola de Vendas, o profissional pode navegar por diversas disciplinas, mas a experiência começa com a “trilha inicial”. Nesta fase, com duração de 44 horas de treinamento (o que equivale a cerca de 10 dias), o corretor passa por um conteúdo intensivo que aborda os produtos da MRV, políticas de crédito, ética, integridade e práticas comerciais. Embora a participação na Escola não seja obrigatória, a taxa de adesão supera 80% entre os novos profissionais.

Os números mostram que a formação alimenta o próprio ciclo de desenvolvimento e gera um impacto imediato. A rotatividade média entre novos profissionais, por exemplo, é de 11,7%, mas cai para 6% entre aqueles que concluíram a trilha inicial nos primeiros 90 dias. Além disso, os corretores que passam pelo treinamento fazem a primeira venda, em média, oito dias antes dos demais.

“A Escola de Vendas é uma das plataformas de capacitação mais estruturadas do setor imobiliário. Ela oferece todo o suporte necessário para que o corretor chegue ao mercado preparado, com domínio sobre vendas do mercado imobiliário, políticas de crédito, informações sobre os diferenciais dos produtos, integridade nas negociações e muito mais. É uma formação completa e que está em constante atualização”, afirma Thiago Ely, diretor Executivo Comercial e Marketing da MRV&CO.

Sobre a MRV

Com 46 anos de mercado e o propósito de construir sonhos que transformam o mundo, a MRV é uma das cinco empresas que compõem o grupo MRV&CO. É considerada a maior construtora e incorporadora da América Latina, tendo como foco empreendimentos residenciais econômicos, com preços acessíveis para um público que busca o sonho da casa própria. A companhia já entregou mais de 500 mil chaves. Hoje, mais de 1,6 milhão de pessoas vivem em um imóvel construído pela MRV. Acesse e conheça mais sobre a companhia www.mrv.com.br.


 

ESPECIALISTA DÁ DICAS PARA EVITAR APUROS COM AS CONTAS DE FIM DE ANO

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O fim do ano costuma trazer uma combinação desafiadora para a saúde financeira de famílias e empresas: aumento de despesas, queda no ritmo da atividade econômica e compromissos típicos do período, como compras de Natal, férias, impostos e reajustes. O resultado é que grande parte dos brasileiros chega a janeiro com o orçamento pressionado. Uma pesquisa do Serasa Experian mostra que apenas 42,3% das pessoas conseguem fechar o ano com as contas em dia. Entre empresários, o cenário é semelhante: para muitos, a virada de ano representa um risco real de aperto financeiro.

O quadro nacional evidencia essa fragilidade. Em setembro, o número de consumidores inadimplentes alcançou 79,2 milhões, quase metade da população adulta do país, totalizando R$ 496,7 bilhões em dívidas. Cada CPF possui, em média, quatro dívidas ativas, com valor médio superior a R$ 6,2 mil. O setor financeiro concentra quase 47% de todas as pendências, relacionadas principalmente a bancos e cartões de crédito. A situação também se repete no ambiente empresarial: 7,95 milhões de micro e pequenas empresas estão inadimplentes, o maior patamar já registrado.

Segundo Kelvia Carneiro, presidente da Cactvs e doutora em administração, enfrentar esse período exige planejamento antecipado, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. “Ter clareza sobre receitas, despesas e obrigações ajuda a evitar o ciclo que se repete todos os anos: consumo elevado em dezembro seguido de dificuldades em janeiro e fevereiro”, explica.

As maiores variações regionais foram observadas nas regiões Norte, Sul e Sudeste, evidenciando a fragilidade estrutural dos pequenos negócios em manter a regularidade de suas obrigações financeiras. Após a retração pontual observada em agosto, a demanda por crédito entre micro e pequenas empresas voltou a crescer com força em setembro, registrando alta anual de 16,0%. Esse movimento reflete, em parte, a preparação dos empreendedores para o pico de despesas típico do fim do ano, mas também revela a dependência crescente de linhas de financiamento em um cenário de margens apertadas e custos elevados.

Para a especialista, o aumento da procura por crédito às vésperas da virada do ano reforça a importância de antecipar decisões financeiras e evitar que o empréstimo se torne a única saída. Empresas que se organizam com antecedência conseguem negociar melhores condições, ajustar estoques de forma mais eficiente e planejar o fluxo de caixa para atravessar o início de 2026 com mais segurança. O mesmo vale para consumidores, que podem se beneficiar de renegociações, corte de despesas e organização do orçamento antes do acúmulo de compromissos de janeiro.

Separar gastos essenciais dos supérfluos, evitar compras por impulso e prever custos de início de ano, como IPVA, material escolar e seguros, são passos fundamentais. “O ideal é criar uma projeção realista do orçamento para os três primeiros meses do ano, evitando depender de crédito de curto prazo”, orienta o especialista. Manter uma reserva, ainda que pequena, reduz a necessidade de recorrer a empréstimos emergenciais, que, com juros elevados, alimentam o ciclo da inadimplência.

Já o uso consciente do crédito e a renegociação de dívidas também são medidas eficazes para quem deseja iniciar 2026 com estabilidade. De acordo com o especialista, negociar juros, ampliar prazos ou consolidar dívidas pode aliviar significativamente o orçamento. “A renegociação antes da virada do ano impede que os compromissos se acumulem junto às despesas típicas de janeiro.”

No caso dos micro e pequenos empresários, o planejamento do fluxo de caixa é decisivo. O especialista reforça a importância de separar as finanças pessoais das empresariais, erro comum entre pequenos negócios. “Misturar contas coloca a operação em risco e dificulta entender o real desempenho da empresa.”

Outras recomendações incluem: controlar rigorosamente estoques, evitar compras além da demanda prevista, analisar contratos e despesas fixas e considerar, quando adequado, a antecipação de recebíveis. “A antecipação pode ajudar no curto prazo, mas deve ser avaliada com cuidado para que os juros não comprometam a margem.”

A falta de reservas financeiras é outro ponto sensível para ambos os públicos. Para famílias, a ausência de um fundo de emergência amplia a vulnerabilidade diante de imprevistos. Para empresas, impede a absorção dos meses de baixa temporada sem recorrer a crédito mais caro.

Além disso, o especialista destaca a importância do relacionamento com clientes como ferramenta de estabilidade pós-festas. Em negócios menores, estratégias de fidelização e pós-venda podem ajudar a sustentar o fluxo de caixa em janeiro, quando normalmente há retração.


 

DEZEMBRO VERMELHO REACENDE ALERTA

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Neste mês de Dezembro Vermelho, campanha nacional de conscientização sobre o HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), especialistas alertam para a necessidade de manter o tema em evidência diante do cenário atual no Brasil. A iniciativa, instituída pelo Ministério da Saúde e incorporada ao calendário oficial de saúde pública, tem como propósito ampliar a informação, estimular a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado das ISTs, além de combater o estigma que ainda cerca essas infecções.

Os dados mais recentes disponíveis do Ministério da Saúde mostram que as ISTs seguem como um importante desafio sanitário no país. Em 2024, o Brasil registrou mais de 256 mil casos de sífilis adquirida, além de cerca de 90 mil casos de sífilis em gestantes e mais de 24 mil ocorrências de sífilis congênita, muitas delas evitáveis com diagnóstico e tratamento oportunos durante o pré-natal.

Já em relação ao HIV, 2023 contabilizou aproximadamente 46 mil novos casos de infecção, mantendo o país entre os que concentram maior número absoluto de notificações nas Américas.

Para o urologista Dr. Emanuel Veras, os números evidenciam que o enfrentamento às ISTs precisa ir além das campanhas pontuais. “Temos acesso gratuito a preservativos, testagem e tratamento pelo SUS, mas ainda convivemos com altas taxas de transmissão. Isso mostra que a prevenção precisa ser permanente e estar presente no cotidiano das pessoas, desde a adolescência”, afirma.

Segundo o médico, um dos principais obstáculos é o caráter silencioso de muitas ISTs. “Infecções como clamídia e gonorreia podem não apresentar sintomas por longos períodos. Quando não diagnosticadas, aumentam o risco de infertilidade, complicações urológicas e ginecológicas e continuam sendo transmitidas sem que a pessoa saiba. Por isso, a testagem regular é tão importante quanto o uso do preservativo”, explica o Dr. Veras.

Além da sífilis e do HIV, o Brasil ainda convive com um número expressivo de pessoas vivendo com hepatites virais B e C, que também podem ser transmitidas por via sexual e frequentemente são diagnosticadas tardiamente. Especialistas apontam que a combinação entre queda no uso de preservativos, desinformação e dificuldade de acesso a serviços de saúde em algumas regiões contribui para a manutenção desse cenário.

Dentro do Dezembro Vermelho, o Ministério da Saúde e entidades parceiras reforçam três pilares fundamentais: prevenção, com estímulo ao uso de preservativos e ao acesso à PrEP e à PEP; testagem, com a ampliação do diagnóstico precoce; e tratamento, garantindo acompanhamento adequado e a interrupção das cadeias de transmissão.

O Dr. Diego Capibaribe, urologista e especialista no tratamento de próstata, rins e bexiga, comenta que o objetivo de falar sobre ISTs não é assustar a população. “É uma questão de assumir um compromisso com a saúde pública, entendendo que informação de qualidade, acesso aos serviços e redução do preconceito salvam vidas”, defende.

Neste Dezembro Vermelho, o convite é para que sociedade, imprensa e profissionais de saúde se unam na disseminação de informações corretas e no fortalecimento da prevenção, contribuindo para a redução das ISTs e para a promoção da saúde sexual no Brasil.


 

ANTÔNIO LOURENÇO NETO LANÇA LIVRO NO PRÓXIMO DIA 17.12.2025

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Um dos temas mais urgentes da atualidade ganha forma literária em Kamau, romance infantojuvenil que chega ao mercado convidando leitores, educadores e famílias a refletirem sobre bullying, cyberbullying, desigualdades sociais e racismo na adolescência. A obra, escrita pelo Prof. Dr. Antônio Lourenço Neto, será lançado no dia 17 de dezembro de 2025, na Academia Cearense de Letras, em Fortaleza.

Doutor em Educação pela Universidade Clássica de Lisboa, mestre em Direito Privado, pesquisador, escritor, professor efetivo da Rede Municipal de Aquiraz e do Estado do Ceará e diretor executivo do Colégio Instituto Castro, Antônio Lourenço constrói uma narrativa que une sensibilidade, realismo e responsabilidade social.

Com escrita leve e profundamente humana, Kamau apresenta a história de dois jovens cujos mundos parecem distantes, mas que se encontram na força da amizade e na coragem de enfrentar as violências que permeiam o ambiente escolar e o universo digital. Kamau, bolsista dedicado e talentoso, convive diariamente com provocações, humilhações e ataques velados — e também explícitos — que se manifestam tanto na escola quanto nas redes sociais.

Essas agressões revelam as camadas do racismo cotidiano, muitas vezes silencioso, mas devastador, que atravessa a vida de tantos estudantes brasileiros. Ao lado de Zuri, sua amiga e parceira de jornada, Kamau encontra caminhos de resistência, afeto, pertencimento e reconstrução emocional.

Mais do que um romance, Kamau é uma ferramenta educativa e social, indicada para escolas, famílias, clubes do livro, projetos de leitura e iniciativas de inclusão. A obra fomenta discussões essenciais sobre diversidade, cidadania, empatia, respeito e o papel da comunidade escolar na prevenção da violência — física, emocional e virtual.

SERVIÇO

Lançamento do livro Kamau – Autor: Prof. Dr. Antônio Lourenço Neto

📍 Academia Cearense de Letras

Rua do Rosário, 01 – Centro, Fortaleza

📆 17 de dezembro de 2025

⏰ 19h

Evento para convidados.

Instagram @antoniolcn

SOBRE ANTÔNIO LOURENÇO NETO

O Prof. Antônio Lourenço Neto é doutor em Educação pela Universidade Clássica de Lisboa e mestre em Direito Privado. Professor efetivo da Rede Municipal de Aquiraz e do Governo do Estado do Ceará, atua também como Diretor Executivo do Colégio Instituto Castro, em Aquiraz, e professor universitário do curso de Direito da Faculdade Dom Adélio Tomazin, em Quixadá. Advogado com especialização em Direito Educacional, é pesquisador do Programa Visiting Researcher da Universidade de Coimbra e membro da Academia de Letras do Litoral Leste Cearense (Allilce). Possui formação em Liderança e Gestão de Pessoas pelo Insper e em Metodologias Ativas pela Fundação Lemann, além de pós-graduação em Gestão Escolar, Direito Tributário e Língua Portuguesa e Literaturas. Autor de livros nas áreas do Direito e da Educação, o professor constrói uma trajetória marcada pela pesquisa, pela prática docente e pelo compromisso com a formação crítica e humanizada de estudantes.


 

LEI DO SILÊNCIO NAS FESTAS DE FIM DE ANO

Foto divulgação Com a chegada das festas de fim de ano, muitas pessoas realizam festas e confraternizações em seus condomínios. Esse movimen...