Com
sessões de terça a domingo, o Cinema do Dragão — equipamento da Rede Pública de
Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (Rece), vinculado à
Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará) e gerido pelo Instituto Dragão do
Mar — finaliza a programação de julho entre os dias 24 e 30 com estreias que
abordam os enfrentamentos críticos a ditaduras militares e propõem estéticas
desafiadoras.
Na
sala 2 entra em cartaz o drama “A Procura de Martina”, coprodução brasileira com
a Argentina e Uruguai dirigida por Marcia Faria. O filme acompanha Martina
(Mercedes Morán), uma viúva de 75 anos diagnosticada com Alzheimer, que recebe
um misterioso telefonema e reacende a esperança de encontrar seu neto
desaparecido durante a ditadura militar argentina.
Na
sala 1, como parte da programação de clássicos restaurados, o Cinema do Dragão
relança o emblemático “Iracema: Uma Transa Amazônica” (1974), dirigido por
Jorge Bodanzky e Orlando Senna. Misturando elementos de ficção e documentário,
através do encontro entre um caminhoneiro e uma indígena o filme expõe as
dinâmicas complexas de poder, a exploração, e a violência que permeiam a região
em pleno recrudescimento da ditadura militar.
Outra
novidade na sala 1 é “O Brilho do Diamante Secreto", dirigido por Hélène
Cattet e Bruno Forzani. Com uma estética ousada e narrativa fragmentada, o
longa mistura flashbacks, flashforwards e referências ao cinema de espionagem B
dos anos de 1960 para contar a história
de um espião aposentado.
Já na
sala 2, estreia “Um Lobo Entre os Cisnes”, filme que acompanha a trajetória do
bailarino Thiago Soares, do subúrbio carioca aos principais palcos do mundo.
Dirigido por Marcos Schechtman e Helena Varvaki, o filme retrata os desafios
enfrentados por Soares entre batalhas de dança de rua, tensões familiares e a
descoberta de um talento transformador para o balé clássico.
Os
ingressos para as sessões custam R$ 8 (meia) e R$ 16 (inteira), com valores
promocionais às terças-feiras: R$ 5 (meia) e R$ 10 (inteira). Os filmes da
Sessão Vitrine Petrobras têm ingressos a R$ 6 (meia) e R$ 12 (inteira). As
entradas podem ser adquiridas na bilheteria do Cinema do Dragão ou pelo site
Ingresso.com.
Estreias
Integrando
a Sessão Vitrine Petrobras, projeto de difusão do cinema nacional a preços
populares, estreia na sala 2 o longa “Um Lobo Entre os Cisnes”. Dirigido por
Marcos Schechtman e Helena Varvaki, o longa é inspirado na história real de
Thiago Soares, ex-primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres, e estrelado
por Matheus Abreu e Darío Grandinetti. Rodado entre o Rio de Janeiro e Paris, o
filme entrega uma jornada emocionante de superação, arte e transformação. “Um
Lobo Entre os Cisnes” conquistou três prêmios na última edição do Cine Ceará,
incluindo o de Melhor Ator.
Também
na sala 2, o filme “A Procura de Martina”, dirigido por Márcia Faria, tem
exibições no fim de semana. Trazendo a argentina Mercedes Morán (“Diários de
Motocicleta”) como protagonista, além de Carla Ribas e da brasileira Luciana
Paes, “A Procura de Martina” conta a história de uma avó da Praça de Maio,
movimento de mães que tiveram seus filhos assassinados ou desaparecidos durante
a ditadura militar argentina. Ao receber a notícia que seu neto pode estar no
Rio de Janeiro, Martina também é diagnosticada com Alzheimer. Lutando contra o
tempo, Martina parte em busca de seu neto. “À Procura de Martina”, ganhou o
prêmio de Melhor Filme no Festival de Mar del Plata de 2024 e de melhor filme
no Festival Internacional de Cinema do Uruguai.
Na
sala 1, estreia a versão remasterizada em 4k do clássico nacional “Iracema: Uma
Transa Amazônica”, dirigido pelos cineastas Jorge Bodanzky e Orlando Senna, e
exibido na última edição da Mostra RetroExpectativa do Cinema do Dragão.
Lançado originalmente em 1974 e censurado pela ditadura militar, “Iracema: Uma Transa Amazônica” é um filme
híbrido, lançando mão da ficção e do documental ao acompanhar a jovem Iracema
(Edna de Cássia) e sua jornada pela Rodovia Transamazônica, uma estrada que, em
1974, simbolizava o otimismo da propaganda militar. Ao lado de Tião Brasil
Grande (Paulo César Pereio), ela embarca em uma jornada que a tira das ruas de
Belém e a leva para o interior da floresta amazônica. Em seu primeiro
lançamento “Iracema: Uma Transa
Amazônica” foi premiado nos festivais de Berlim (1975), Cannes (1976) e no
Festival de Brasília, em 1980.
Na
sala 1 entra em cartaz “O Brilho do Diamante Secreto", dirigido por Hélène
Cattet e Bruno Forzani, filme que integrou a competição oficial da 75ª
Berlinale, chamando a atenção da crítica internacional por sua estética ousada
e narrativa fragmentada, misturando flashbacks e flashforwards. Ambientado na
Riviera Francesa, “O Brilho do Diamante Secreto" acompanha John D., um
espião aposentado de 70 anos que vive em um hotel de luxo, imerso em
lembranças, fantasias e alucinações. Quando sua vizinha desaparece
misteriosamente, ele é levado a revisitar o passado, enfrentando seus traumas e
mergulhando em um universo de paranoia, erotismo e referências visuais ao
cinema de espionagem B dos anos de 1960.

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