O
número de fraturas de quadril ocasionadas pela osteoporose deve chegar a 6,28
milhões em 2025, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS),
refletindo um crescimento significativo em razão do envelhecimento
populacional. No Brasil, a doença atinge cerca de 20 milhões de pessoas, e as
fraturas nessa região representam uma das principais causas de morbidade,
mortalidade e custos para o sistema de saúde. “Essas fraturas não afetam apenas
a estrutura óssea, mas impactam profundamente a qualidade de vida e independência
dos pacientes”, afirma Marcos Giordano, presidente da Sociedade Brasileira do
Quadril (SBQ).
A
osteoporose é caracterizada pela diminuição progressiva da densidade óssea, o
que torna os ossos mais frágeis e sujeitos a fraturas por quedas de baixa
energia. Segundo Giordano, “a fragilidade óssea torna o quadril especialmente
vulnerável, pois a queda que poderia ser trivial em um adulto jovem, em um
paciente osteoporótico pode resultar em uma fratura grave, muitas vezes com
sequelas permanentes”. O impacto dessas fraturas vai além do paciente,
acarretando altos custos hospitalares e desafios ao sistema público de saúde,
demandando políticas eficazes para prevenção e tratamento.
Diagnóstico
Apesar
de seu impacto, a osteoporose ainda é frequentemente subdiagnosticada. Marcos
Giordano ressalta que “o reconhecimento precoce e as intervenções adequadas são
essenciais para prevenir fraturas e suas consequências devastadoras”. Além do
tratamento medicamentoso que fortalece o osso, medidas como atividade física regular,
suplementação adequada de cálcio e vitamina D, e estratégias para redução do
risco de quedas são fundamentais para o manejo da doença.
Ficar
atento a sinais e fatores que indicam a presença de osteoporose no quadril é
crucial para o diagnóstico precoce. De acordo com Marcos Giordano, quatro
orientações são importantes:
1)
observar quedas frequentes ou dificuldade para se levantar após pequenos
traumas;
2)
dores persistentes nos quadris sem causa traumática aparente;
3)
histórico familiar de osteoporose ou fraturas por fragilidade;
4)
realizar exames periódicos de densitometria óssea para pessoas acima de 50 anos
ou com fatores de risco.

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