De
acordo com o mapeamento de fluxo de visitas em shopping centers e lojas físicas
no Brasil, da Sociedade Brasileira de Consumo (SBVC), mais de 5 milhões de
comerciantes em atividade no país observaram o aumento de clientes durante o
ano de 2023. Os dados indicam um crescimento de 3% nas visitas a lojas físicas
no mês de junho de 2023, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
Há uma
tendência de que os números relacionados a visitação de lojas físicas continuem
a crescer em 2024, uma vez que o ano conta com apenas cinco feriados nacionais
móveis entre segunda e sexta-feira: Confraternização Universal (01/01), Dia do
Trabalho (01/05), Proclamação da República (15/11), Dia da Consciência Negra
(20/11) e Natal (25/12). Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que 2024 terá um prejuízo causado pela
abertura de lojas em feriados 4% menor do que em 2023, totalizando R$ 27,92
bilhões.
O
consultor de empresas e administrador, Wosley Nogueira, explica que os fatores
em conjunto proporcionam um cenário conveniente para o investimento em lojas
físicas em 2024 por empreendedores: “O funcionamento do comércio em feriados
costuma gerar prejuízos ao negócio, uma vez que aqueles que abrem normalmente
costumam receber um fluxo menor de clientes. Este ano, além de contar com menos
feriados em dias de semana, a maioria coincide de ser na quarta-feira, evitando
a possibilidade de prolongar com o sábado e o domingo. Dessa forma, os
estabelecimentos terão mais dias ativos ao longo do ano e não vão enfrentar
esse prejuízo, tornando-se um cenário favorável ao lucro de lojas físicas.”
Para
os comerciantes que ainda não possuem uma loja física mas pretendem estabelecer
sua presença em 2024, o consultor de negócios Wosley Nogueira dá algumas dicas
de como ter sucesso no seu lançamento: “O planejamento é indispensável, mas ele
vai além da organização financeira. Manter o estoque suprido, ter rotatividade
nas vitrines, um atendimento diferenciado de qualidade e produtos inovadores
são alguns fatores que permitem uma vida longa ao negócio e previnem números
negativos nos primeiros meses de inauguração”.
A
Associação Brasileira de Comércio Eletrônico estima que, em 2022, 10% do
faturamento total do varejo do país foi proveniente de vendas realizadas
on-line, totalizando R$ 1,7 trilhão. “Mesmo que as vendas pelo e-commerce
estejam se tornando uma tendência, as lojas físicas ainda dominam o mercado.
Uma das estratégias mais eficientes é conseguir aproveitar o melhor dos dois
mundos, mantendo uma presença online forte e consolidada, mas também oferecendo
espaços físicos para que os clientes possam conhecer de perto o seu serviço e
avaliar com uma melhor precisão a qualidade oferecida”, conclui o consultor de
negócios, Wosley Nogueira.
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