A
calvície, também conhecida como alopecia androgenética, afeta milhões de
pessoas no mundo, incluindo cerca de 42 milhões no Brasil, segundo a Sociedade
Brasileira do Cabelo (SBC). “A queda de cabelo acontece porque os folículos
capilares entram em um estado de inatividade, e uma proteína chamada SCUBE3,
identificada recentemente, demonstrou em estudos pré-clínicos o potencial de
reativar esses folículos e estimular o crescimento dos fios”, explica a
dermatologista Dra. Elisângela Medeiros.
A
descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade da Califórnia, Irvine, e
os testes realizados até agora foram feitos em modelos animais e em culturas
celulares, com resultados promissores. Caso futuras pesquisas em humanos
confirmem a segurança e a eficácia dessa proteína, ela poderá representar uma
alternativa menos invasiva e mais acessível do que os tratamentos atuais para
calvície, como os implantes capilares.
A
alopecia androgenética ocorre por uma combinação de fatores genéticos e
hormonais que enfraquecem progressivamente os folículos, levando à queda dos
fios. Embora seja mais frequente em homens, que perdem cabelo principalmente na
região frontal e no topo da cabeça, mulheres também podem ser afetadas,
geralmente com um padrão mais difuso. “O impacto da calvície vai muito além da
estética, podendo afetar autoestima e saúde emocional. Por isso, pesquisas como
essa trazem esperança para quem busca tratamentos eficazes e acessíveis”,
comenta a Dra. Elisângela.
Hoje,
as principais opções de tratamento envolvem medicamentos tópicos, orais e
procedimentos como os implantes, que podem ser caros ou desconfortáveis. A
SCUBE3 surge como uma possibilidade futura promissora, mas ainda não está
disponível clinicamente. “É importante reforçar que os estudos com humanos
ainda não foram iniciados, então a proteína SCUBE3, por enquanto, é uma
perspectiva científica, e não um tratamento já aprovado”, ressalta a
especialista.
Se os
próximos estudos clínicos forem bem-sucedidos, a SCUBE3 pode representar um
novo capítulo no combate à calvície, com abordagens menos agressivas, mais
econômicas e, principalmente, mais acessíveis à população.
Saiba
mais sobre Dra. Elisangela Medeiros
Dermatologista
(CRM 29844 RQE 18195) formada pelo Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Pernambuco, uma das residências médicas mais renomadas do país. Com
uma sólida formação acadêmica e clínica, ela se especializou em medicina
baseada em evidências, garantindo um atendimento pautado na ciência e na
eficácia dos tratamentos. Reconhecida pela dedicação, técnica apurada e
abordagem humanizada.
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