A
chegada do final de mais um ano é um período especialmente favorável às
reflexões sobre o ciclo que se encerra e os próximos passos a serem dados. Seja
no âmbito pessoal ou profissional, as resoluções de ano novo fazem parte das
tradições atribuídas a esta época. Para algumas pessoas, traçar metas e focar
para alcançá-las não é uma tarefa fácil. Segundo dados do Statistic Brain
Research Institute, 50% das pessoas que fazem planos para o novo ano mudam de
ideia já em janeiro e 27% nem esperam a virada e já desistem das promessas
ainda no mês de dezembro.
Entre
as principais causas desses números, de acordo com o estudo, estão objetivos
irreais e falta de planejamento. Dessa forma, é saudável criar uma lista de
metas para os próximos 365 dias? O psicólogo do Grupo Nosso Lar, Adriano
Júnior, aponta que pode sim ser saudável, desde que as metas não sejam traçadas
no impulso. "As metas podem alavancar pilares importantes para o ser
humano, mas precisam ser inicialmente mais simples. Quando são pensadas em um
limiar muito desafiador ou praticamente impossíveis de serem alcançadas, causam
rapidamente desistência e desmotivação. Por isso, é importante o
autoconhecimento, ter clareza do que precisa e consegue desenvolver para
programar o futuro", explica.
Com
o fechamento de um ciclo, é comum realizar balanços, afirma o psicólogo, o que
ocasiona, muita vezes, um sentimento de angústia e tristeza nas pessoas. Entre
os principais fatores que influenciam no prejuízo da saúde mental estão:
repensar sobre o que foi conquistado; comparações entre si e os outros; e
autocrítica sobre o que não foi alcançado ou modificado.
Para
a psicóloga do Grupo Nosso Lar, Fernanda Sousa, é nesse momento de encerramento
de ciclo que mais facilmente se volta o olhar para o que foi positivo e
negativo, os ganhos e as perdas. "Nessas festividades que se pode ter a
presentificação de sentimentos como a frustração por metas não alcançadas, o
medo do novo, tristeza, gerando assim um aumento de ansiedade", explica.
Pensando
no novo ano que se inicia, confira as dicas da psicóloga Fernanda Sousa para
estabelecer as próprias metas:
-As
metas devem ajudar no seu crescimento, seja pessoal ou profissional, e não
gerar uma frustração;
-Você
vai ter todo um 2023 para pensar, são 12 meses para que mês a mês as metas
sejam desenvolvidas e colocadas em prática;
-Trace
metas que sejam originalmente suas, para sua melhoria e de um desejo seu, e não
baseadas em algo esperado pelos outros, pela sociedade ou família;
-Parta
de metas mais simples, que serão melhoradas à medida em que vão sendo
alcançadas, pois as muito ousadas e complexas podem fazer você desistir antes
mesmo de você ver o resultado.
Tristeza
de fim de ano
No
caso de quem não gosta desse período de comemoração e costuma se sentir triste
e melancólico, a psicóloga do Grupo Nosso Lar destaca que, antes de mais nada,
"é importante pensar que está tudo bem, não tem problema não gostar dessa
época do ano e se sentir mais reservado. Se tiver uma rede de apoio presente,
amigos, familiares, converse com essas pessoas. No entanto, quando isso não é
suficiente e a vontade de se isolar se apresenta de forma mais forte e
presente, é recomendado buscar ajuda no serviço de saúde mental".
Ebook
Para
ajudar quem está disposto a planejar o novo ano e deseja realizar essas
mudanças, o Grupo Nosso Lar disponibiliza um ebook com orientações de como
manter o equilíbrio emocional e conseguir traçar metas de forma saudável. Confira
no link: https://www.nossolarhospital.com.br/janeiro-branco