Há
20 anos o Ceará iniciava uma nova jornada na agricultura com alto valor
agregado. Nesse contexto, a floricultura surge como força transformadora
cultural e econômica. As condições climáticas aliadas à inovação e tecnologia
foram fundamentais para o início do cultivo de flores no estado. “O Ceará
saltou de uma posição inexpressiva na floricultura para grandes avanços no
setor. Somos um caso de sucesso para a agropecuária cearense, mostrando que
vontade, trabalho e conhecimento transformam a realidade”, ressalta o
secretário da Agricultura do Estado à época, Carlos Matos.
O
avanço é visto em números. Em 1999, o Ceará tinha pouco mais de 200.000 m² de
área cultivada de flores. Hoje são 3,5 milhões de m². Países conhecidos pelo
êxito na floricultura, como a Holanda, por exemplo, precisam “fabricar” o clima
que a Serra da Ibiapaba, no Noroeste do Ceará, propicia para produção de rosas.
“A maior fazenda de flores do Brasil está sediada em São Benedito. O clima de
24ºC durante o dia e de 14ºC à noite são temperaturas ideias para o manejo de
flores cortadas. A Reijers saltou de 25 hectares para mais de 300 hectares, com
valor bruto da produção estimado em R$ 150 mil por hectare”, afirma Carlos
Matos.
Atualmente,
as principais fazendas em São Paulo conseguem produzir, no máximo, 170 rosas
por m². O Ceará já ultrapassou 300 rosas por m². “As empresas cearenses
abastecem o mercado do Nordeste. Conseguimos tirar o Ceará da inexpressividade
em relação à floricultura e saímos de 0.5% das exportações brasileiras para
atingirmos 20%. Em sete anos de produção nos consolidamos como um importante
polo de cultivo de flores do país”, relembra Carlos Matos.
A
história que transformou a realidade de pessoas e, consequentemente, da
economia rural cearense agora será contada em livro. Em 252 páginas, “Flores do
Ceará e suas influências na cultura” é um relato sobre a história da
floricultura cearense entre 1999-2019. A obra será lançada no próximo dia 20 de
dezembro, no Ideal Clube, às 18h30.
O
livro é dividido em 10 capítulos: Os primeiros registros da floricultura
cearense; Uma nova história foi criada; Primeira-dama das flores; A chegada das
primeiras empresas: Cearosas e Reijers; O rei das flores; São Benedito,
referência nacional na produção de rosas; Vidas transformadas; Perspectivas que
desabrocham; Lições aprendidas; e Cronologia da floricultura no Ceará.
Entre
os personagens da obra está o jovem agrônomo, Rubens Aguiar, primeiro gerente
da Gerência de Floricultura da Secretaria da Agricultura Irrigada e da
Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagri). O livro é a forma concreta de
registrar, na história, as intervenções humanas que geraram transformações
impactantes na sociedade”, ressalta Carlos Matos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário