Vem aí a 8ª Bienal
Internacional de Dança do Ceará - De Par em Par, que acontece de 21 a 29 de
outubro de 2022 em Fortaleza, Paracuru, Juazeiro do Norte e Itapipoca,
acolhendo e abraçando a diversidade. No palco, o público vai ter a oportunidade
de conferir companhias e artistas de origens distintas e travessias infinitas,
onde as identidades, ancestralidades e memórias celebram a força e pluralidade
da nossa arte.
A abertura em Fortaleza no
dia 21 em Fortaleza, às 19 horas, no Cineteatro São Luiz, começa com a
apresentação do espetáculo “Vitrúvio”, da Cia de Dança Mainara
Albuquerque. Trata-se de uma coreografia
de Jefferson Oliveira baseada no Homem Vitruviano, desenho de Leonardo da
Vinci. A São Paulo Companhia de Dança também vai estar no primeiro dia da 8ª
Bienal De Par em Par, com três apresentações: “Mamihlapinatapai” (2012),
“Instante” (2017) e “Grand Pas de Deux de Dom Quixote” (1869/2012). A noite
também será de homenagens a duas personalidades da cultura, o bailarino
piauiense Marcelo Evelin e a gestora cultural cearense Luisa Cela.
Convites para a abertura da
Bienal De Par em Par no Cineteatro São Luiz serão disponibilizados a partir do
dia 19 de outubro, na bilheteria do equipamento e no escritório de produção do
evento, localizado no Porto Dragão. O público presente à solenidade receberá o
acesso à festa de abertura, que acontecerá na sequência, no Centro Dragão do
Mar de Arte e Cultura, com a Tertúlia Vândala, do Coletivo Tertúlia, e o show
“Karina Buhr Voz e Tambor”, com a cantora Karina Buhr e o guitarrista Régis
Damasceno.
Homenagens
Como nas edições anteriores,
a solenidade de abertura da Bienal De Par em Par é marcada pelo reconhecimento
público a personalidades que se destacam no trabalho para o fortalecimento da
dança e da arte, em especial do Ceará e do Nordeste do país, e contribuem para
a difusão e consolidação da nossa cultura – e dos nossos artistas – para além
de nossas fronteiras. Um dos homenageados deste ano é o bailarino, coreógrafo e
pesquisador Marcelo Evelin. Dividindo-se entre Teresina e Amsterdam, o artista
trabalha no Brasil, Japão e em vários países da Europa à frente da Plataforma Demolition
Incorporada, baseada no CAMPO, espaço de Residência e Resistência das Artes
Performáticas em Teresina, no Piauí.
Marcelo Evelin ensina na
Escola Superior de Artes de Amsterdam desde 1999 e vem criando projetos junto a
universidades e cursos de mestrado, entre eles ISAC (Bruxelas), Museu Reina
Sofia (Madri), EXERCE (Montpellier) e CND (Paris). Em 2019 recebeu o título de
Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Piauí. Na Bienal, Marcelo
Evelin leva à cena o premiado espetáculo Ai, Ai, Ai, criado em Nova Iorque,
cuja estreia aconteceu em 1995 no Teatro Brakke Grond, em Amsterdã. No palco,
um solo extremamente pessoal, concebido a partir de um processo investigativo
do próprio corpo, entre o momento presente e a memória. A apresentação acontece
no dia 22, às 20h, no Teatro Dragão do Mar, CDMAC (Fortaleza).
Quem também vai ser
homenageada na 8ª Bienal De Par em Par é a cearense Luisa Cela, que desde 2013
atua no campo das políticas culturais e de cidadania cultural. Como secretária
executiva da Secult Ceará, sua gestão ficou marcada pela agilidade na
realização de projetos e iniciativas para a cultura durante o período de
pandemia, com destaque para a Lei Aldir Blanc. Formada em psicologia, Luisa
Cela exerceu a função de Diretora de Direitos Humanos na Rede CUCA, período em
que coordenou uma ação em parceria com a Bienal Internacional de Dança, o
Projeto Trajetos EnCena.
No Instituto Dragão do Mar,
desempenhou a função de Diretora de Cidadania Cultural, dirigindo o Centro
Cultural Bom Jardim (CCBJ), onde a dança ganhou ainda mais destaque, a partir
do fortalecimento da parceria com a Bienal, com a realização de ações de
formação e difusão, além da II Edição do Projeto Trajetos EnCena, da Bienal. Em
Sobral, Luisa Cela presidiu o Instituto ECOA (Escola de Comunicação, Cultura,
Ofícios e Artes), sendo responsável por articular duas edições da Bienal
Internacional de Dança no município e lançar o Trajetos de Criação, projeto
inspirado nas ações de formação e circulação da Bienal de Dança.
Democratização e
acessibilidade
A programação da 8ª Bienal
Internacional de Dança do Ceará - De Par em Par vai ocupar espaços diversos
como Cineteatro São Luiz, Theatro José de Alencar, Centro Cultural Porto
Dragão, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e Centro Cultural Bom Jardim
(CCBJ), equipamentos da Secult Ceará, além da Vila das Artes e casa da Silvia
Moura, em Fortaleza; Teatro David Linhares, no Centro Cultural Companhia de
Dança e Praça da Matriz, em Paracuru; Teatro Patativa do Assaré, no SESC, e
Associação Dança Cariri, em Juazeiro do Norte; Teatro Alternativo de Itapipoca
e Galpão da Cena, em Itapipoca.
A programação em Fortaleza
segue até sábado, dia 29, com três a quatro espetáculos por dia, a partir das
16 horas. Um dos destaques é a bailarina e coreógrafa cearense Valéria
Pinheiro, com “Touro {BULL}”, um espetáculo que aborda o tema da ancestralidade
feminina a partir do ponto de vista da cultura caririense. A apresentação em
Fortaleza será no dia 23 no Teatro Dragão do Mar. No dia 26 abre a programação
em Juazeiro do Norte, no Teatro Patativa do Assaré.
Além das apresentações,
outras atividades artísticas e formativas acontecem nesta edição. Os projetos
Impermanência, com Thembi Rosa, Margaret de Assis, Myriam Gourfink e Joséphine
Derobe, de 26 a 29, no Centro Dragão do Mar, e Parquear, conduzido por Thembi
Rosa e Margo Assis, de 27 a 29 na Vila das Artes. O espanhol Alex Pachón, com o
apoio da Acción Cultural Española (AC/E), conduz a Residência “Corpos mediados
- Laboratório de coreo-cinema”, de 18 a 28 de outubro no CCBJ. Os participantes
desta ação, já inscritos, recebem uma bolsa no valor de R$ 450,00, financiada
pelo Fundo Estadual de Combate à Pobreza (FECOP).
Eixo trabalhado pela Bienal
de Dança desde 2015, a Plataforma de Acessibilidade contempla ações de formação
e difusão, realizando atividades como o 5º Seminário Dança e Acessibilidade.
Esta edição amplia o conceito do tema “Cores e Nomes” para integrar os mais
diversos corpos e condições. Em
Palestras e Rodas de Conversa, serão debatidas não só as demandas da pessoa com
deficiência, como questões de raça, gênero e corpos dissidentes. A pluralidade
será o mote para se pensar outros modos de acesso ao direito à cidade e como
ocupar esses espaços. Na Plataforma também serão exibidos vídeos em formato
acessível que exploram a diversidade como outros modos do pensar a gestualidade
e haverá uma Oficina de conscientização para profissionais da cultura. A
programação acontecerá de 25 a 29, sempre às 16 horas, no Cinema do Dragão.
Em Paracuru a programação
acontece de 21 a 23. Começa com a Companhia de Danças de Diadema, que leva à
Praça da Matriz da cidade dois espetáculos: No dia 21, “Crocodilo embaixo da
cama”, e no dia 22, “Força fluida”. De manhã, nos dois primeiros dias, a
bailarina e coreógrafa Ana Bottosso, diretora da companhia, conduz uma
Masterclass destinada aos alunos da Escola Pública de Dança de Paracuru. No dia
23 a companhia estará em Fortaleza para apresentar “Crocodilo embaixo da cama”
no Cineteatro São Luiz. Também s e apresentam em Paracuru a Paracuru Cia de
Dança com “Inventário de Belezas” no dia 22 na Praça da Matriz, e Clarissa
Costa com “Normal mente” no dia 23 no Teatro David Linhares.
A Bienal De Par em Par
estará em Juazeiro do Norte de 26 a 28 com espetáculos, oficina e residência
artística. Valéria Pinheiro, que abre a programação no Cariri com “Touro
{BULL}”, conduz a residência Guerreiras de Santa Madalena – A força da mulher
no brinquedo popular, que vem acontecendo desde março deste ano, no CRAS de
João Cabral, bairro onde residem todas as participantes do projeto. São
mulheres do brinquedo popular que fazem parte do Reisado dos Irmãos. Mestre
Antônio e Mestre Raimundo são como mentores, assim como Mestra Yara, que está à
frente das Guerreiras de Santa Madalena. No dia 28 o grupo se apresenta no
Teatro Patativa do Assaré, no SESC.
Cia Inspire e Cia Alysson
Amancio estão juntas em “Não é proibido pisar na grama”, que está na
programação da bienal em Juazeiro do Norte no dia 28 no Teatro Patativa do
Assaré. O espetáculo, criação e direção
de Luciana Araújo, faz uma analogia ao “proibido pisar na grama” com as
dimensões do permitido e do proibido que atravessam os corpos dos bailarinos,
três homens que encaram o feminino que os perpassa e os constrói, convocados
pelo olhar de uma mulher.
A Bienal traz o artista Pol
Pi, brasileiro radicado na França, para apresentações de “ECCE (H)OMO” em
Juazeiro do Norte, no dia 27, Itapipoca, no dia 28, e Fortaleza, no dia 29.
Criado em 2017, este trabalho é um desejo de reflexão sobre a noção do legado
na dança através de uma interpretação do grupo de dança Afetos Humanos, da
coreógrafa alemã Dore Hoyer (1911-1967). Em Juazeiro do Norte ele ministra uma
oficina de composição coreográfica destinada a bailarinos profissionais, onde
trabalhará a partir de suas técnicas de composição coreográfica para a criação
de “ECCE (H)OMO”. Em Fortaleza, o artista participará da Plataforma de
Acessibilidade, na Roda de Conversa com o tema “Acessando o invisível:
Artesanias Trans e Intersexo”, no dia 29, no Cinema do Dragão, ao lado de Maria
Léo Araruna (DF) e Noa Bonoba (CE), com mediação de Vidda Guzzo (MG/DF).
Em Itapipoca, cidade que
terá programação da Bienal de Par em Par de 26 a 28, a Taanteatro Companhia
apresenta “Mensagens de Moçambique”, solo do bailarino moçambicano Jorge
Ndlozy, que no dia 25 estará no Teatro Dragão do Mar, em Fortaleza. Este
espetáculo tematiza a luta pela soberania e autorrealização face à herança
colonial portuguesa em um país africano. Com direção de Wolfgang Pannek e
direção coreográfica de Maura Baiocchi, a obra foi criada por ocasião da ARTT
2018 (Art Residence Taanteatro). No dia 27, em Itapipoca, Jorge Ndlozy conduz
pela manhã uma oficina destinada aos bailarinos profissionais da cidade, na
Associação de Artes Cênicas de Itapipoca (AARTI).
A VIII Bienal Internacional
de Dança do Ceará - De Par em Par é uma realização da Indústria da Dança e da
Proarte. Tem o apoio da Prefeitura de Fortaleza, Prefeitura de Itapipoca,
Prefeitura de Paracuru e SESC Fecomércio, e o apoio institucional da Secretaria
da Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE), por meio da Lei do Mecenato
Estadual. Agradecimento: Enel.
SERVIÇO
VIII Bienal Internacional de
Dança do Ceará – De Par em Par - De 21 a 29 de outubro de 2022, com programação
em Fortaleza, Paracuru, Juazeiro do Norte e Itapipoca. Toda a programação da
bienal é gratuita, aberta ao público, com espaços sujeitos a lotação. Para as
apresentações em Fortaleza, os tíquetes (gratuitos) devem ser retirados no site
Sympla: www.sympla.com.br/bienaldedanca. O acesso à programação de abertura é
para convidados. A programação completa pode ser consultada no site
www.bienaldedanca.com | Informações: bienaldedancace@gmail.com.
Programação completa:
https://www.bienaldedanca.com/
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