A
União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços (UNECS) a quem integra,
repudia a fala do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que
afirmou que o empresário brasileiro “não ganha muito dinheiro porque ele
trabalhou; ele ganha muito dinheiro porque os trabalhadores dele trabalharam”.
A menção se deu durante entrevista para o canal por assinatura GloboNews, nesta
quarta-feira (18).
Ao
congregar as maiores representantes organizadas e de livre adesão do setor, a
UNECS valoriza enormemente o árduo trabalho da classe empresarial brasileira
como um todo, independente do porte ou do número de funcionários de cada estabelecimento,
uma vez que, dos empreendedores individuais às grandes organizações, o
empresariado representa robusta força institucional e contribui sobremaneira
para o fortalecimento da livre iniciativa e para a construção de um país mais
justo e próspero.
Assim,
entendemos que a fala do presidente da República demonstra preconceito e
desconhecimento sobre a importância do empresariado brasileiro. Mais do que
isso, instiga o conflito nas relações entre patrões e empregados, em um
contexto no qual a cooperação é fundamental para o sucesso de todas as partes.
A
UNECS está verdadeiramente empenhada para o estabelecimento de uma excelente
relação com o novo governo, mas não pode admitir que o esforço e o trabalho de
cada empresário brasileiro não seja reconhecido em sua integralidade.
Trabalhamos arduamente em favor do desenvolvimento deste país e contribuímos
significativamente pela geração de emprego e de renda tão necessários sobretudo
no período pós-pandemia.
Entretanto,
a UNECS acredita que não é possível admitir que o principal líder do país
estimule a desavença e a desarmonia entre empregados e patrões. Ao contrário,
de um governo eleito e com uma proposta de diálogo, espera-se que questões tão
fundamentais como essas não sejam generalizadas, mas que sejam tratadas como se
deve – em mesas de negociação.
Subscrevem
esse documento os presidentes das entidades que integram o Instituto UNECS:
José César da Costa, Presidente UNECS e da CNDL – Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas; Leonardo Miguel Severini, Presidente da ABAD – Associação
Brasileira de Atacadistas e Distribuidores; João Carlos Galassi, Presidente da
ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados; Paulo Solmucci, Presidente da
ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes; Paulo Eduardo
Guimarães, Presidente da AFRAC – Associação Brasileira de Automação para o
Comércio; Alfredo Cotait Neto, Presidente da CACB – Confederação das
Associações Comerciais e Empresariais do Brasil; Geraldo Defalco, Presidente da
ANAMACO – Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção.
Sobre
a UNECS
A
UNECS congrega as maiores representantes organizadas e de livre adesão do
setor, presentes em todo o território nacional. Tem como objetivo primordial
defender os interesses dos setores de comércio e serviços, contribuindo para o
debate, para o intercâmbio de ideias e para o fortalecimento dos segmentos que,
juntos, representam 73,31% do PIB do setor. Detentor de 57% dos postos de
trabalho no Brasil, comércio e serviços se configuram como maiores geradores de
empregos e de renda do país, oferecendo oportunidades a todos os brasileiros,
desde o ingresso ao mercado de trabalho com o primeiro emprego. Além disso, o
setor conta 77% dos estabelecimentos ativos no país, por meio dos quais se relaciona
com cerca de 190 milhões de cidadãos brasileiros.
Perante
os órgãos governamentais, o Congresso Nacional, a indústria e toda a sociedade,
a UNECS é a voz do setor, representando-o em pleitos tributários, trabalhistas,
econômicos, de infraestrutura, de empreendedorismo e outros, buscando não
apenas a melhoria do ambiente de negócios no país, mas também a eficiência e a
competitividade para toda a cadeia nacional de abastecimento.
As
lideranças que fazem parte da UNECS são expressivas formadoras de opinião e
defendem, por meio da entidade, os interesses dos empresários do país,
representando os responsáveis por 65% das operações de crédito e débito e pela
geração de 27 milhões de empregos diretos.
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