Em
parceria com o grupo Mães da Resistência, o Cineteatro São Luiz apresenta
sessão especial do longa-metragem cearense "Um Pedaço do Mundo",
documentário sobre a vivência de mães de pessoas LGBTQIAP+ em Fortaleza. O
filme foi o vencedor dos prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor
Roteiro do Festival For Rainbow 2022.
SOBRE
A SESSÃO
O
Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ce)
gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), exibirá o documentário cearense
"Um Pedaço do Mundo" no dia 5 de maio de 2023, às 19h, em sessão
única. Após o filme, haverá um debate promovido pelo grupo Mães da Resistência.
O evento é gratuito, com entrada mediante apresentação de documento com foto,
sem retirada de ingressos. O filme conta com legenda descritiva
(closed-caption).
SOBRE
O FILME
"Um
Pedaço do Mundo" acompanha a vida de quatro mulheres distintas, mães de
pessoas LGBTQIAP+, que compartilham com o público suas vidas, seus processos de
aceitação e suas experiências de maternidade, formando um mosaico plural de
vivências permeadas por muitos desafios, mas também por muito amor.
O
filme, dirigido por Tarcísio Rocha Filho, Victor Costa Lopes e Wislan
Esmeraldo, busca levantar o debate sobre diversidade sexual e de gênero a
partir do ponto de vista das mães.
"Eu
sempre fui muito próximo da minha mãe, partilhando com ela vários aspectos da
minha vida. No caso da sexualidade não foi diferente, mas construir esse espaço
de diálogo com ela não foi fácil. Saber que ela tinha expectativas para mim que
estavam longe de serem correspondidas foi o dilema da minha vida durante anos.
O que mais me motivou a realizar 'Um Pedaço do Mundo' foi a possibilidade de
construir esse terreno para outras pessoas", explica Wislan Esmeraldo.
"Normalmente
entendemos o amor de mãe como uma força poderosa, indestrutível e universal. O
filme aposta nessa força para sensibilizar vivências que muitas vezes são
vítimas de preconceito e violência. Mas também foi muito importante não reduzir
a vida das personagens do filme ao arquétipo 'mãe'. Buscamos nos aprofundar nas
diferentes experiências de vida, no cotidiano das personagens, dando voz e
espaço para que elas construíssem suas próprias narrativas para além da
maternidade", observa Victor Costa Lopes.
"Compartilhar
conosco suas experiências de dor e de amor foi um gesto de imensa generosidade
e coragem das famílias que filmamos. Nosso maior desejo é que esse filme atinja
o máximo de pessoas possível, contribuindo para tornar realidade o direito de
existência de famílias como aquelas retratadas no filme", destaca Tarcísio
Rocha Filho.
TRAJETÓRIA
DO FILME
Realizado
pela produtora cearense Orla Filmes e produzido por Luciana Vieira, "Um
Pedaço do Mundo" foi financiado pela Lei Aldir Blanc a partir de um edital
aberto pela SECULT-CE em 2020 e também contou com o apoio do "Show me The
Fund - De volta aos Sets", uma iniciativa do Brazilian Content, Cinema do
Brasil e Projeto Paradiso. O projeto foi filmado em 2021 e, no mesmo ano,
participou do Laboratório de Montagem do XVII Panorama Internacional Coisa de
Cinema.
O
filme teve sua estreia em novembro de 2022 no XVIII Panorama Internacional
Coisa de Cinema. Desde então, também foi selecionado e exibido no 30º Festival
MixBrasil, no Merlinka – International Queer Film Festival 2022 e no 16º For
Rainbow 2022, onde foi premiado nas categorias de Melhor filme, Melhor direção
e Melhor roteiro.
Em
janeiro de 2023, o filme também foi exibido na Mostra que desejo - Edição Rio
de Janeiro e tem previsão de estreia em um canal de TV fechada de alcance
nacional nas próximas semanas.
"Contar
com o apoio do Estado através da Lei Aldir Blanc para a realização deste filme
não foi apenas fundamental - sem este apoio, provavelmente o filme não
existiria - mas sobretudo importante para posicionar o Ceará dentro do centro
de uma discussão tão relevante como a causa LGBTQIAP+, sobretudo através de um
discurso positivo, amoroso, de apoio e acolhimento. Estamos muito honrados do
filme ter conquistado essa confiança do edital e ainda mais felizes com os
espaços que estamos conseguindo ocupar já com o filme pronto. Se fazer presente
numa janela de exibição com alcance nacional é o desejo e o propósito de
qualquer realizador em cinema. Fazemos filmes para isso: para serem vistos e
debatidos.", pontua Luciana Vieira, produtora do filme.
PARCERIA
COM MÃES DA RESISTÊNCIA
Durante
a pesquisa de personagens ocorrida na elaboração do roteiro do filme, a equipe
do projeto encontrou apoio na associação Mães da Resistência, movimento do qual
duas personagens do documentário fazem parte. O coletivo é co-organizador desta
Sessão Especial e conduzirá o debate após a exibição do filme.
A
associação Mães da Resistência é composta por mães e familiares de pessoas
LGBTQIAP+ e desenvolve um trabalho de acolhimento às famílias além de
articulações no intuito de promover mais diversidade no mundo. Falar de mães
que escolhem abraçar, amar e serem felizes com seus filhos LGBT é enriquecer
uma cultura de paz que tanto precisa ser alimentada em nosso país. O grupo
acredita nessa militância, que através do amor vence o medo, transformando
vergonha em orgulho, lembrando que em coletivo somos muito mais fortes.
"Penso
que a maior barreira para uma família conceber ser feliz com um filho que
destoa do que se esperava é a ideia de que só existe uma forma de ser, uma
única maneira de ser bom ou adequado. Isso é uma grande farsa e muitos de nós
trilhamos caminhos de sofrimento sendo reféns de algo que, para falar a
verdade, nem existe. O que é ser normal!? Ter um filho que escolhe se mostrar
como é, sabendo de si e do mundo, é um enorme presente, na verdade. Ao lado das
Mães da Resistência pude junto à minha família construir a possibilidade de
viver uma vida plural, colorida… única! No convívio com pessoas que vivem
situações semelhantes às que vivemos, aprendemos que é possível sim ter
alegria, paz, sossego, etc. Amor é ação e a gente aprende a agir junto. Um
pedaço do mundo pode nos nutrir de tudo o que precisamos", reflete Yandra,
personagem do filme e participante do Mães pela Resistência.
INFORMAÇÕES
SOBRE O FILME
Sinopse:
Quatro mulheres distintas e mães de pessoas LGBTQIAP+ compartilham suas vidas e
suas experiências em relação à maternidade.
Duração:
75 minutos Gênero: Documentário. Ano de lançamento: 2022
Classificação
indicativa: Livre.
Link
para material de divulgação:
https://drive.google.com/drive/folders/1U2DSJVD0yX_kRcyj7eutqyDKOmWF_Xzj?usp=shari
ng
Fotos
de bastidores (fotos de Jorge Silvestre):
https://drive.google.com/drive/folders/1wb_X1IncniCbo33vX2YRZnsRdm-5qBE2?usp=sharin
g
Trailer
no vimeo: https://vimeo.com/724484770
SOBRE
OS DIRETORES
Tarcísio
Rocha Filho cursou Cinema e Audiovisual na UFC - Universidade Federal do Ceará.
Acumula experiências como diretor de arte, assistente de arte, realizador e
roteirista em diversos curtas, longas e séries audiovisuais. Como diretor de
arte atuou na série “Se Avexe Não”. Como assistente de arte atuou nos longas “O
Clube das Mulheres de Negócios”, “Bem Vinda a Quixeramobim”, “O Shaolin do
Sertão”, “Cine Holliúdy 2” e a série “Rensga Hits”.
Victor
Costa Lopes dirigiu o curta-metragem "De terça pra quarta" (2015), o
longa-metragem "O Animal Sonhado (2015); a série documental
"Identidade #Transvive" (2020); o curta-metragem "Revoada"
(2019), que ganhou prêmio de Melhor Curta Novos Rumos no Festival do Rio 2019;
e o longa-metragem documental "As Cores do Divino" (2020). Também
atua como montador e roteirista.
Wislan
Esmeraldo é formado em Cinema pela Universidade Federal do Ceará. Participou de
importantes festivais com seus curtas-metragens, “Tenho um dragão que mora
comigo” e “Para minha mãe”. É codiretor e corroteirista do filme “Guerra da
Tapioca” (Globoplay) e das séries de TV “Identidade, #Transvive”, “Se Avexe
Não” e “Trago a pessoa amada”. É codiretor do longa “Um pedaço do mundo”.
SOBRE
A PRODUTORA
Luciana
Vieira atua como produtora, roteirista, diretora. É co-roteirista e co-diretora
das série "Meninas do Benfica" (Canal Brasil), co-diretora da série
"Lana & Carol" (Tv Futura), co-diretora do telefilme "Guerra
da Tapioca" (Globoplay) e uma das criadoras do sitcom "Se Avexe
Não". Produziu a série "Identidade #Transvive" (Looke) e o
documentário "As Cores do Divino" (Canal Brasil).
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