No
universo do branding, os arquétipos emergem como uma ferramenta poderosa,
transformando marcas em entidades vivas, dotadas de personalidade e identidade
própria. A abordagem muda a maneira como percebemos e interagimos com as
marcas, inserindo nelas uma dose vital de humanização.
"Imagine
uma marca como um ser individual, com características únicas e uma personalidade
marcante. É essa a essência por trás do conceito de arquétipo de marca. Ao
atribuir a uma empresa uma identidade que vai além do simples logotipo ou
produto, criamos uma conexão emocional com o público", comentou a
mercadológa e estrategista de marca, Anne Brasileiro.
É essa
conexão que diferencia uma marca no mercado, fortalecendo laços, fomentando
relacionamentos e, por consequência, gerando fidelização.
Os
diversos tipos de arquétipos desempenham função fundamental a construção dessa
personalidade para as marcas. "Particularmente, aprecio utilizar os
arquétipos como uma das principais ferramentas no branding, pois eles
contribuem para uma coerência alinhada da marca. Cada arquétipo tem sua função
específica nesse processo de construção, somando-se para criar uma identidade
única e memorável", complementou Anne Brasileiro.
A
conexão entre marca e público, potencializada pelos arquétipos, se manifesta em
diversos aspectos tangíveis e intangíveis. Desde o tom de voz adotado nas
comunicações até os padrões visuais, valores e posicionamentos expressos pela
marca. "É como a Netflix, que personifica seu arquétipo em cada interação,
cativando e fidelizando seus espectadores", explicou.
Entender
que uma marca não é criada para o seu idealizador, mas sim para um público
específico, é fundamental ao definir os arquétipos. É necessário compreender
quem é o cliente ideal da marca para garantir uma implementação eficaz e
coerente.
Porém,
a especialista pede cautela. "A implementação dos arquétipos deve guiar a
marca em todos os pontos de contato e experiências do cliente, evitando
inconsistências que possam comprometer sua identidade", considera a
Diretora da Brandmed.
Não
adianta desejar ser um arquétipo governante se as práticas e comunicações da
marca remetem a uma pessoa comum", encerrou.
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