terça-feira, 26 de setembro de 2023

DIA NACIONAL DO TRÂNSITO

Foto divulgação

No início de julho deste ano um motorista atropelou e matou uma jovem que estava na garupa de uma motocicleta e deixou, ainda, o condutor que pilotava a moto gravemente ferido, em Fortaleza. A colisão, segundo investigação policial, teria sido culminada após uma briga de trânsito. Instabilidade emocional, respostas impulsivas advindas da falta de controle das emoções e ausência de empatia são características que juntas, ou isoladas, podem elevar os conflitos no trânsito.

Hoje dia 25 de setembro, é celebrado o Dia Nacional do Trânsito, data oportuna para debater as mais diversas relações existentes entre saúde mental e trânsito, ainda mais sendo o Brasil o terceiro país no mundo com maior letalidade no trânsito, atrás apenas de Índia e China em números totais de mortes, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Inúmeras situações no trânsito causam uma enorme pressão psicológica nos condutores. Portanto, é preciso saber conter tais impulsos. Ter inteligência emocional pode ser decisivo na hora de evitar discussões que podem levar à morte”, analisa a psicanalista Elaine de Tomy, vice-presidente do Instituto Revoar.

Estudos apontam que a relação entre trânsito e saúde mental possui estreita troca de danos e impactos. Se por um lado a falta de controle afeta os condutores, por outro, o trânsito caótico presente nos grandes centros também pode ter um impacto negativo na saúde mental das pessoas.

O estresse é um dos principais efeitos colaterais do trânsito. A partir deles, o condutor pode desenvolver transtornos como irritabilidade, ansiedade, fadiga, insônia e problemas de concentração.

A psicanalista e Terapeuta no Instituto Revoar, Natália Pinto, alerta ainda para um fator agravante neste cenário: o Brasil é um dos países com maiores índices de depressão e ansiedade do mundo, segundo a ONU. “Então imagine essa fragilidade emocional somada ao estresse e insegurança no trânsito, cria-se um cenário de extrema pressão para motoristas, motociclistas e pedestres”, adverte.

Mas, a boa notícia é que há meios de trabalhar o lado emocional e atingir uma maturidade mental, conforme aponta a psicanalista. “Conhecer e entender alguns gatilhos e reconhecer pontos fracos é fundamental para evoluirmos o nosso lado emocional. E esse avanço é precioso não apenas para o trânsito, mas também para todos os nossos tipos de relações, sejam elas no trabalho, em família, na escola ou entre amigos”, acrescenta Elaine, que também é especialista em Linguagem Corporal.

SUGESTÕES DE ABORDAGEM:

Qual o impacto do trânsito na saúde mental?

Quais são os benefícios da psicologia do trânsito?

Como cuidar da saúde mental diante de um trânsito cada vez mais caótico?

Como identificar gatilhos emocionais no trânsito?

Há meios de trabalhar o lado emocional e atingir uma maturidade mental?


 

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