As
pautas "inseminação intrauterina e fertilização in vitro" causam
muitas dúvidas. "Qual método é mais eficaz?", é uma dessas. A Dra.
Raquel Mattos, especialista em reprodução humana do Grupo Sollirium, ressaltou
que, em relação a Inseminação Intrauterina (IIU), é recomendada para casos de
fertilidade leve a moderada, como problemas de ovulação ou baixa contagem de
espermatozoides.
"Envolve
a inserção direta de esperma lavado e preparado dentro do útero durante o
período fértil da mulher", aponta. Já a fertilização in vitro (FIV), ela
responde: "Mais complexa e invasiva. É indicada para casos de
infertilidade mais graves, como bloqueio das trompas de falópio, endometriose
avançada, baixa qualidade de óvulos ou esperma".
Na
ocasião, os óvulos são coletados e fertilizados em laboratório com o esperma, e
os embriões resultantes são transferidos para o útero da mulher. Em termos de
taxas de sucesso por ciclo, a FIV tem uma taxa mais alta do que a IIU,
especialmente em casos complexos de infertilidade.
Portanto,
recomenda-se iniciar com a IIU nos casos selecionados e, se não houver sucesso
após algumas tentativas, considerar a FIV como opção seguinte. "É
fundamental discutir as opções com um médico especializado em reprodução
assistida, pois cada caso é único e requer uma abordagem personalizada com base
nas circunstâncias do casal", justifica.
Além
disso, a idade da mulher e a saúde dos espermatozoides são fatores cruciais que
influenciam a eficácia tanto da inseminação intrauterina (IIU) quanto da
fertilização in vitro (FIV).
"A
idade da mulher é um dos fatores mais importantes na fertilidade feminina.
Mulheres mais jovens tendem a ter uma reserva ovariana melhor e uma maior
qualidade dos óvulos. Na IIU, a idade da mulher pode afetar a resposta do
ovário à estimulação hormonal, assim como a qualidade dos óvulos liberados
durante a ovulação", conta.
Na
FIV, a idade da mulher está diretamente relacionada à qualidade dos óvulos
coletados durante a aspiração folicular. Mulheres mais velhas têm uma
probabilidade menor de sucesso na FIV devido à diminuição da qualidade dos
óvulos e, portanto, menor qualidade dos embriões.
Mais
do que isso: Também tem a qualidade do esperma. "Essencial para o sucesso
da fertilização, independentemente do método utilizado. Na IIU, a qualidade dos
espermatozoides pode afetar a capacidade de fertilização dos óvulos após a
inseminação. Se houver problemas graves de quantidade e qualidade de esperma, a
IIU pode não ser uma opção viável", conta Raquel Mattos.
Na
FIV, a saúde dos espermatozoides é crucial, pois eles são diretamente usados
para fertilizar os óvulos em laboratório. Se a qualidade do esperma for baixa,
podem ser necessárias técnicas de fertilização assistida, como ICSI (injeção
intracitoplasmática de espermatozoides), para garantir a fertilização
bem-sucedida.
Em
geral, tanto na IIU quanto na FIV, mulheres mais jovens e casais com boa
qualidade de esperma tendem a ter melhores chances de sucesso. No entanto, é
importante lembrar que cada caso é único, e outros fatores médicos e de estilo
de vida também podem influenciar o resultado. Uma avaliação completa com um
médico especializado em fertilidade é essencial para determinar o melhor curso
de tratamento para cada casal.
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