quinta-feira, 25 de abril de 2024

O SOL E O SAL DO SUOR

Junio Barreto

A maturidade poética e musical apresentada pelo pernambucano Junio Barreto já em seu álbum de estreia, homônimo, prestes a completar 20 anos, prepara-se para uma nova e luminosa volta solar. O cantor e compositor lança seu terceiro álbum, “O Sol e o Sal do Suor”, após 13 anos de hiato. Com dez canções inéditas, o trabalho marca o retorno de Junio com elementos inundados de origens nordestinas e suas diversas raízes musicais, numa ode à alegria, à dança e à esperança. A valorização dos arranjos, com muito espaço para climas e improvisos, pauta todo o álbum, com faixas com vocação natural para as pistas.

O poeta de Caruaru apresenta um disco festejo para celebrar a vida, com produção do artista ao lado de Rovilson Pascoal e Marcus Preto. O trabalho conta com um time de músicos parceiros, como Pupillo, Thomas Harres e Mestre Nico. As melodias seguem incorporadas em arranjos sofisticados com letras, que revelam um poeta de tempo próprio, influenciado pela literatura brasileira e atento aos dizeres do agreste e do sertão.

Faixa a faixa por Junio Barreto

1 - “Vida, Vida, Vida, Vida”

Foi a primeira canção feita para o disco, foi a primeira que gravamos também, o nome foi batizado por Lavínia Alves, cantora e atriz baiana, pela alusão e contemplação à vida. É um baião com elementos eletrônicos. A canção fala de um recorte de um dia bonito, de quando se encontra o que é precioso e marca o momento e o coração com uma tinta indelével. Nas percussões Mestre Nico dita o tempo da canção; Thomás Harres com seus brinquedos eletrônicos fez as batidas e programações; Fábio Sá, assume baixo e sintetizador, enquanto Chicão faz contrapontos melódicos, no piano de parede, com as guitarras de Rovilson Pascoal.                            

2 - “Nordeste Oriental”

É uma subdivisão geográfica do Nordeste brasileiro, engloba os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará; na canção, contemplo esse lugar de amor, e canto, exalto para um amor na Sudamerica. Matheus (Entropia) na programação, percussões, violão, sintetizador e Rovilson Pascoal guitarra.         

3 - “Ata-me”

É uma canção que fala da permissão do corpo ao prazer, da explosão química, das reações e das sensações desse corpo durante o amor. É um baião, pra dançar. Tem a bateria de Pupillo; percussões e bombardino de Mestre Nico; trompete de Gui Calzavara; teclado de Chicão e guitarra e glockenspiel de Rovilson Pascoal.                            

4 -  “Mamãe quer meu Amor”

É uma canção que fiz para minha mãe e que se estende a todas as mães. Fala do amor incondicional,  do alcance das conquistas, belezas e felicidade que cada uma deseja para suas crias. Nas percussões do Mestre Nico tem um Maracá que felicita e abençoa esse amor, dita o ritmo de toda a canção. Juntam-se a essa maravilha, a frenética bateria de Thomas Harres; as guitarras dedilhadas, riffs e solos de Rovilson Pascoal; o baixo de Fábio Sá e os sintetizadores de Chicão.                                  

5 - “Coração Preto”

Música de Beto Viana e Nana Carneiro da Cunha. Me apaixonei pela canção desde o primeiro momento que escutei, no disco fiz uma versão mais nordestina, tem uma batida do Brega pernambucano com elementos da pisadinha e para construir esse batuque todo chamamos a baiana Michelle Abu, que faz a bateria e percussões. Gui Calzavara no trompete e Rovilson Pascoal guitarra base, solo, baixo e sintetizador.                    

6 - “Estrela do Norte”

Com música e letra escritas pelo próprio artista, o single do álbum tem a dança como foco essencial. Não à toa, a banda segue em ação por quase dois minutos após o final da letra, em grandes performances instrumentais. “Quando ‘Estrela do Norte’ surgiu, a ideia sempre foi de uma música dançante, solar. Quando eu estava compondo, primeiro veio a melodia com os arranjos de sopros, só depois veio a letra, que fala da celebração do amor, do encontro com quem nos faz melhor, e dos momentos em que seguimos vivos a cada revolução do sol”, diz o compositor de Caruaru. Junio conta que o título da canção surgiu da junção de duas memórias estelares. A primeira, uma reportagem que leu em uma revista antiga sobre uma chuva de asteroides que cairia para os lados do Norte. E a segunda, a do momento, ainda na infância, em que soube que o asterisco era o sinal gráfico em forma de estrela. “Daí veio a visão lúdica da chuva de asteriscos (estrelas) para os lados do Norte: Estrela do Norte”, explica. “Estrela do Norte é uma dessas músicas que eu sempre quis fazer e me senti muito feliz com a sonoridade e resultado final da música.” A banda reunida para a faixa conta com Rovilson Pascoal (guitarra e synths); Entropia - Entalpia (programação, synths e percussão); Pupillo (bateria); Pedro Dantas (baixo); e o próprio Junio Barreto (percussão). Os metais ficaram a cargo de Marcelo Monteiro (sax barítono, sax tenor e flauta) e Amílcar Rodrigues (trompete e euphonium). A foto da capa do single “Estrela do Norte” é de Hugo Sá, do Mormaço Estúdio.

7 - “Só no Amor Existimos”

É uma canção de contemplação do amor, onde falo que só através desse amor é que existimos. Dançante e solar a música tem na bateria e programações Thomas Harres. Programação, sintetizador e efeitos de Matheus (Entropia); teclados Chicão; baixo de Fábio Sá; guitarra de Rovilson Pascoal e percussões de Mestre Nico.                                    

8 - “Tú Deixa de ser isso Não”

É uma canção dançante que fala do amor de um coração em calmaria. Matheus (Entropia) nas programação, percussões, violão, sintetizador e Rovilson Pascoal nas guitarras.          

9 - “Feixes”

É uma canção dançante que fala de um amor fluido, do encontro abrasador, da paixão e de como na liquidez perene de um rio esse amor escapole na maré, formando o mar. Bateria, programação e efeitos de Samuel Fraga; baixos, sintetizador de Marcelo Cabral e guitarra de Rovilson Pascoal.           

10 - “Concórdia do Coração”

Uma canção lenta, feita a pedido do produtor musical Marcus Preto, fala da maravilha e do gostoso perigo de viver um grande amor. Violão, violão 12, mellotron e guitarra Rovilson de Pascoal.

Sobre Junio Barreto

As melodias preciosas e delicadas das criações atemporais de Junio Barreto foram gravadas por nomes importantes das mais diversas gerações da música brasileira, como Gal Costa, Maria Rita, Céu, Nação Zumbi, Lenine, Roberta Sá, Otto e Alaíde Costa. O artista já dividiu o palco com ícones como João Donato, Lenine, Maria Rita, Nação Zumbi, Otto, Jorge Mautner, Elza Soares, Seu Jorge e Tom Zé.

Em 2004, lançou seu primeiro álbum solo, “Junio Barreto”, do qual se destacou sobretudo a faixa “Santana”, que fez grande sucesso e ganhou regravações célebres. Em 2007, lançou o EP “Junio Barreto”, com três faixas. Produzido por Pupillo (Nação Zumbi), o segundo álbum, “Setembro”, veio quatro anos depois, em 2011. O disco contou com participações de Céu, Luisa Maita, Seu Jorge, Vítor Araújo, Gustavo Ruiz, Apollo 9, Orquestra Experimental de Cordas de Olinda, Mombojó, Fábio Trummer e Marina de La Riva. Em 2015, compôs para “Estratosférica”, álbum de estúdio de Gal Costa, as canções “Jabitacá” e “Estratosférica”. A própria cantora regravaria ao vivo as duas composições.

Além de serem cantadas por grandes nomes da música, as canções de Junio estão presentes em obras como a peça “Os Sertões”, do Teatro Oficina; filmes como “Árido Movie”, de Lírio Ferreira; ”Febre do Rato”, de Claudio Assis; e “Deserto Feliz”, de Paulo Caldas; e em nas novelas “Louco por Elas” (2012) e  “Onde Nascem os Fortes” (2018).’1


 

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