Dado o
crescente número de diagnósticos de autismo no Ceará, é crucial que tanto
profissionais de saúde quanto familiares compreendam os critérios do DSM-5 para
identificar o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo a Secretaria da
Saúde do Ceará (Sesa), a plataforma IntegraSUS registra atualmente 10.573
pessoas com autismo no Estado. A Dra. Neuza Tajra, psiquiatra especializada em
autismo, destaca que a identificação precoce é essencial para o desenvolvimento
de estratégias de intervenção eficazes.
“No
DSM-5, os critérios diagnósticos para o TEA incluem uma combinação de déficits
na comunicação social e padrões de comportamento restritos e repetitivos.
Movimentos motores estereotipados, insistência na mesmice e reações atípicas a
estímulos sensoriais são alguns dos sinais que observamos durante a avaliação
clínica", explica a Dra. Neuza Tajara.
Ela
ressalta ainda a importância de um olhar atento para os interesses altamente
restritos e a adesão inflexível a rotinas, que podem ser indicativos de
autismo, mesmo em casos onde os sintomas são mais sutis. "Cada criança é
única, e o autismo se manifesta de formas variadas. Por isso, é essencial que
os profissionais de saúde sejam capacitados para reconhecer essas nuances e
oferecer um diagnóstico preciso", acrescenta a especialista.
A
compreensão dos critérios diagnósticos do DSM-5 é crucial não apenas para os
profissionais de saúde, mas também para os familiares, que muitas vezes são os
primeiros a notar comportamentos que podem indicar autismo. A capacitação para
reconhecer esses sinais precocemente pode fazer toda a diferença no
desenvolvimento de intervenções que contribuam para uma melhor qualidade de
vida das crianças diagnosticadas com TEA.
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