Com o
aumento de casos notificados pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) na região
do Maciço de Baturité, a febre do Oropouche ganhou atenção dos fortalezenses
nos últimos dias e começa a mobilizar profissionais de saúde em ações voltadas
à prevenção e à vigilância epidemiológica.
Considerada
uma arbovirose, transmitida por mosquitos e carrapatos, a doença não é nova.
Mais comum na região Norte, a febre do Oropouche agora começa a atingir outros
estados, como o Ceará. Com sintomas que incluem febre, dor de cabeça e dores
musculares que duram de dois a sete dias, ela exige diagnóstico por meio de
exame, por ser semelhante a outras doenças, como a dengue e a chikungunya.
O
médico infectologista e professor do Centro Universitário Christus
(Unichristus), Luan Victor, comenta que a doença pode afetar qualquer pessoa
exposta ao vírus, mas alguns grupos podem estar em maior risco de complicações,
como idosos, crianças, pessoas com sistema imunológico comprometido e
indivíduos expostos às áreas endêmicas.
“Para
evitar a febre do Oropouche, é fundamental adotar medidas de controle de
vetores. Isso inclui o uso de repelentes para proteger a pele contra picadas de
mosquitos, que são os principais transmissores da doença. Além disso, utilizar
redes mosquiteiras, especialmente ao dormir, ajuda a prevenir picadas durante a
noite”, comenta o médico. Ele também recomenda manter ambientes limpos e
eliminar possíveis criadouros de mosquitos, como recipientes com água parada.
“Embora
o aumento de casos na região do Maciço do Baturité possa indicar um risco
potencial para áreas adjacentes, incluindo Fortaleza, a capacidade de a doença
se estabelecer em uma nova região depende de vários fatores, como a presença do
vetor, movimentação de pessoas e medidas de controle adotadas. O acompanhamento
contínuo pelas autoridades de saúde e a implementação de estratégias de
controle são essenciais para minimizar o risco de disseminação”, finaliza o
especialista.
Para
mais detalhes sobre a febre do Oropouche, sugerimos conversa com o professor
Luan.
Luan
Victor é médico infectologista, Mestre em Educação em Saúde e docente do curso
de Medicina da Unichristus.
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