O
Natal se aproxima e cresce entre os cearenses a preocupação com os custos da
tradicional ceia. Em 2025, não são apenas as aves típicas, como peru, chester e
frango especial, que pressionam o orçamento das famílias. A alta também alcança
acompanhamentos, como arroz, massas e azeite, além de doces, bombons e
especiarias que tornam a data ainda mais simbólica.
De
acordo com levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), a
chamada “cesta natalina” deve registrar aumento médio de 4,53% em relação a
2024. Entre os principais destaques de alta estão o quilo do peru (+13,62%), as
azeitonas (+12,53%) e a caixa de bombom (+10,81%). Na contramão, o azeite de
oliva extra-virgem aparece com previsão de queda expressiva, estimada em
23,06%, surpreendendo consumidores e varejistas.
Esse
cenário se reflete no Ceará, e, de acordo com Sérgio Bezerra, diretor executivo
da Rede Uniforça de supermercados, fatores como logística, volume de compra e
oferta regional influenciam diretamente nos valores finais. O setor tem feito o
seu “dever de casa” para reagir à conjuntura desafiadora.
“Mesmo
com um cenário econômico delicado, marcado por inflação, conflitos
internacionais e instabilidade financeira global, os supermercados têm buscado
negociar com fornecedores e ampliar estoques de itens estratégicos para
garantir promoções pontuais e minimizar impactos para o cliente final”, afirma
Bezerra.
O diretor
destaca, ainda, que a inflação nacional afeta diretamente os custos de produção
e transporte, mas reforça que há alternativas para manter a tradição natalina
sem comprometer o orçamento. “Substituir itens mais caros por opções
semelhantes, aproveitar ofertas antecipadas e adaptar o cardápio à realidade da
família são caminhos viáveis para celebrar o Natal com equilíbrio financeiro”,
orienta.
A
expectativa do setor é de que, apesar das altas em alguns produtos, o
consumidor cearense encontre oportunidades para montar a ceia de 2025 com
planejamento e escolhas conscientes. Uma dica estratégica para economizar é
utilizar os clubes de descontos dos próprios supermercados e priorizar lojas de
bairro que compram volumes em conjunto, visto que isso possibilita oferecerem
preços mais competitivos em comparação com outras redes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário