A
presença das fintechs no cotidiano dos brasileiros deixou de ser novidade para
se tornar parte estrutural do sistema financeiro. O país vive um dos ambientes
mais dinâmicos do mundo para soluções digitais, resultado da combinação entre
tecnologia acessível, consumidores mais conectados e uma regulação que, nos
últimos anos, estimulou a entrada de novos modelos de negócio.
Um exemplo
do sucesso dessa fórmula é o caso da Somapay, que acumula mais de dez anos
desenvolvendo soluções para pagamento de folha e crédito consignado
responsável. Apenas em 2025, a companhia movimentou mais de R$ 30 bilhões de
TPV, resultado que reforça a consolidação das operações do grupo.
A
expansão do setor permitiu que empresas de tecnologia financeira reinventassem
a experiência bancária, oferecendo serviços mais rápidos, menos burocráticos e
capazes de alcançar públicos antes pouco atendidos, como trabalhadores
informais, pequenas empresas e segmentos com alta rotatividade de mão de obra.
O avanço, porém, trouxe também a necessidade de um novo equilíbrio entre
expansão e segurança.
Regulação,
compliance e robustez
O
Banco Central iniciou recentemente um movimento de reforço regulatório,
ampliando exigências de governança, prevenção a ilícitos e rastreabilidade das
operações. A medida se concentra especialmente no uso indevido de contas bolsão
- contas que concentram valores antes da distribuição, mas que podem
comprometer o controle e a rastreabilidade quando mal utilizadas — e na atuação
de instituições sem supervisão adequada.
Para
Diogo Didini, diretor de expansão da Somapay, a adaptação do setor ao novo
ambiente regulatório é um marco importante. “O mercado evoluiu rápido, e agora
entra em uma fase que exige maturidade. As fintechs que priorizam governança,
controles internos e integração transparente tendem a se destacar em um cenário
cada vez mais rigoroso”, afirma.
Nesse
contexto, ganham relevância empresas que já nasceram com foco em compliance e
estrutura robusta. A Somapay atua hoje como Instituição Financeira SCD, com
requisitos completos de auditoria, contabilidade regulatória e vinculação
direta ao Banco Central, garantindo rastreabilidade total das movimentações.
A
trajetória das fintechs no Brasil mostra que a inovação financeira só se
sustenta quando caminha ao lado da responsabilidade, processos mais
transparentes e impacto real na vida de empresas e trabalhadores.

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