A
dupla jornada é um dos principais desafios enfrentados por mulheres no Brasil
na busca pela realização de seus sonhos empreendedores. A Pesquisa Mulheres
Empreendedoras, divulgada pelo Inteligência Sebrae de Minas Gerais neste ano,
indica que 70% das entrevistadas são as responsáveis pelos afazeres domésticos,
enquanto entre os homens esse índice cai para apenas 26%. O Sebrae (Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) ainda realizou, em 2023, a
pesquisa “Característica dos Empreendedores: Empreendedorismo Feminino”, que
constatou que 61% das empreendedoras mulheres já deixaram de fazer algo para si
ou para a empresa para cuidar de familiares.
Esse
desequilíbrio impacta diretamente a capacidade das mulheres de se dedicarem a
atividades empreendedoras e ao desenvolvimento de seus negócios. Além das
atividades domésticas tradicionais, 67% de todas as mulheres que decidiram
empreender entrevistadas revelaram ser mães, segundo o Sebrae, o que impõe um
desafio ainda maior para a profissão, ao precisar conciliar trabalho e
maternidade.
"A
sobrecarga de tarefas domésticas e o cuidado com os filhos são fatores que
limitam o tempo e a energia que as mulheres podem dedicar aos seus
empreendimentos. Elas dedicam quase o dobro de tempo que os homens para a
família e a casa. Isso cria um ambiente de desigualdade, onde elas precisam se
esforçar ainda mais para alcançar os mesmos objetivos que os homens em um
cenário que, ainda, possui uma grande desigualdade de gênero", explica o
consultor de negócios e administrador Wosley Nogueira.
Além
da questão do tempo, há também a necessidade de um suporte adequado para que
essas mulheres possam desenvolver suas habilidades e conhecimentos
empreendedores. "É fundamental que existam políticas públicas e
iniciativas privadas que ofereçam capacitação, mentoria e redes de apoio
específicas para mulheres empreendedoras. Esses recursos podem fazer a
diferença na jornada empreendedora, proporcionando mais segurança e confiança
para enfrentar os desafios do mercado historicamente dominado por homens"
afirma Wosley Nogueira.
"A
igualdade de gênero no empreendedorismo não é apenas uma questão de justiça
social, mas também de desenvolvimento econômico. Quando as mulheres têm
condições de realizar plenamente seus projetos, toda a sociedade se beneficia
com a inovação e o crescimento gerados por seus negócios," conclui o
consultor de negócios Wosley Nogueira.
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