Neste
mês de outubro, a Associação Caatinga (AC) celebra um marco significativo: 26
anos de uma trajetória dedicada à preservação, valorização e promoção da
sustentabilidade no bioma Caatinga. Desde sua fundação em 1998, a organização
tem se destacado desenvolvendo projetos que protegem a biodiversidade e
incentivam o uso sustentável dos recursos naturais.
A
Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro e presente majoritariamente no
Nordeste, é um ecossistema rico em biodiversidade, mas também um dos mais
ameaçados pela desertificação, desmatamento e mudanças climáticas. Frente a
esse cenário, a Associação Caatinga tem sido uma voz ativa na luta pela
conservação, trabalhando diretamente com comunidades locais, parceiros públicos
e privados, e promovendo ações de conscientização ambiental.
Para
compartilhar o êxito do trabalho que vem sendo realizado, a Associação Caatinga
está participando da COP-16 de Biodiversidade, que acontece de 21 de outubro a
1º de novembro, em Cali, na Colômbia. A Conferência das Partes reúne líderes
globais com o objetivo de incentivar países a adotarem práticas mais
sustentáveis e avançarem na implementação dos compromissos assumidos para a
proteção da biodiversidade. Durante o evento, a Associação Caatinga terá a
oportunidade de apresentar alguns de seus projetos no estande da VBio, bem como
abordar as suas práticas de restauração de ecossistemas no Espaço Brasil.
E para
marcar o mês do seu aniversário, a Associação Caatinga realizará a exibição do
documentário “No Clima da Caatinga: Histórias de Mudança - Fase IV” na
comunidade Jatobá Medonho, no Piauí. A região fica próxima à Reserva Natural
Serra das Almas, localizada da divisa entre o Piauí e o Ceará e gerida pela AC
desde 2000. O evento acontecerá no dia 25 de outubro, às 18 horas, e faz parte
do projeto Cine Tela Verde, uma iniciativa que exibe produções audiovisuais que
retratam a rica cultura do bioma Caatinga.
O
documentário, que aborda histórias inspiradoras de transformação e convivência
sustentável com o semiárido, tem como protagonistas Dona Antônia e Dona
Elisabete, moradoras da comunidade Jatobá Medonho. Essas duas mulheres são
exemplos de resiliência e liderança comunitária, sendo peças-chave nas mudanças
que estão sendo implementadas na região, em harmonia com a conservação
ambiental.
A
exibição será uma oportunidade única para que os moradores da comunidade e o
público em geral possam assistir a um retrato autêntico da realidade da
Caatinga, contada por quem vive e transforma o território.
Destaques
dos 26 anos de atuação:
Ao
longo de seus 26 anos de atuação, a Associação Caatinga alcançou resultados
expressivos na promoção da sustentabilidade e conservação ambiental no bioma
Caatinga. Com a distribuição de 1.480 tecnologias sociais para convivência com
o semiárido, a entidade promoveu segurança hídrica, alimentar, saneamento rural
e geração de renda para 4.000 famílias, além de capacitar 3.544 pessoas em
comunidades rurais do Nordeste.
Foram
criadas 33 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e 03 Unidades de
Conservação de Uso Sustentável (UCS), que juntas totalizam 103.668,81
hectares. Destaque também para as
300.112 mudas nativas plantadas e 264,5 hectares de áreas degradadas
restauradas.
A
Reserva Natural Serra das Almas estoca 1.647.245 toneladas de CO2 e protege 4,7
bilhões de litros de água por ano, colaborando com a mitigação das mudanças
climáticas. Essa quantidade de água equivale ao abastecimento anual de 299.062
cisternas de placas com capacidade de armazenamento de 16 mil litros.
Com
suas ações de educação ambiental, a organização impactou 154.092 pessoas,
capacitou 794 professores e alcançou 91 escolas.
Com
atuação em 53 cidades de cinco estados do Nordeste (Ceará, Piauí, Maranhão,
Bahia e Rio Grande do Norte), a AC também conquistou 12 prêmios nacionais e
internacionais que destacam sua relevância no cenário ambiental.
“Ao
longo desses 26 anos, conseguimos demonstrar que é possível aliar conservação
ambiental com desenvolvimento sustentável, beneficiando tanto a biodiversidade
quanto às comunidades que vivem na Caatinga. Nosso compromisso para o futuro é
intensificar ainda mais esses esforços, com o objetivo de garantir um bioma
preservado para as próximas gerações”, afirma Daniel Fernandes, coordenador
geral da Associação Caatinga.
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