Conforme
estudos médicos, a osteoporose já se tornou um problema de saúde pública. E os
números no Brasil e no mundo deixam clara a gravidade dessa doença: de acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 200 milhões de pessoas
no mundo tenham a doença, sendo 10 milhões em nosso país, principalmente
mulheres com mais de 60 anos. Além disso, a osteoporose causa 9 milhões de
fraturas por ano, principalmente no quadril, coluna e punho - destas
ocorrências, cerca de 300 mil levam pacientes à morte, sendo 20 mil no Brasil.
“É
fundamental alertar sobre este quadro grave de saúde pública, no qual a
ortopedia assume papel fundamental, podendo ajudar na prevenção e no tratamento
desta doença, porque os médicos ortopedistas são profissionais capacitados para
auxiliar a prevenir a osteoporose, através da avaliação individualizada,
identificando fatores de risco e orientando sobre hábitos saudáveis”, observa a
ortopedista Christine Muniz, Presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia - Seção Ceará (SBOT-CE).
Sem sintomas
Um dos
maiores desafios relacionados à osteoporose é que se trata de uma doença
incurável e sem sintomas. “Normalmente, a paciente só vai saber que tem
osteoporose depois que sofreu uma fratura, e os exames apontam para o quadro de
saúde. Por isso, é tão importante que a população feminina, especialmente na
Melhor Idade, procure um médico ortopedista para proceder os exames,
principalmente o de densitometria óssea”, ressalta Christine Muniz.
Para
prevenir ou diminuir os efeitos da osteoporose diversas medidas podem ser
adotadas, como a prática de exercícios físicos e manter uma dieta rica em
cálcio e vitamina D. Além disso, é recomendável deixar hábitos prejudiciais,
como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. “Em casos específicos, o
médico pode recomendar suplementos de cálcio e vitamina D ou medicamentos para
fortalecer os ossos”, acrescenta Christine Muniz.
Tratamento
No
caso de fraturas por osteoporose, a atuação do ortopedista é crucial para
reduzir a dor e a inflamação, promovendo o realinhamento ósseo e reabilitação
do paciente. “É importante acrescentar que a ortopedia está em constante
evolução, e oferece técnicas cada vez mais eficazes para o tratamento da
osteoporose, como a criação de próteses personalizadas para reconstrução óssea,
cirurgias mais precisas e menos invasivas, e o uso de medicamentos
biotecnológicos para estimular o crescimento ósseo e reparo de fraturas”,
observa a Presidente da SBOT-CE. “Investir em pesquisas e na formação de
profissionais qualificados, a exemplo do que faz a SBOT-CE, por meio de cursos
e seminários ao longo do ano, é essencial para aprimorar o combate a essa
doença prevalente e tão impactante em nossa sociedade”, completa Christine
Muniz.
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