Fortaleza
avança na prevenção do câncer do colo do útero utilizando tecnologia inovadora
de detecção do DNA do Papilomavírus Humano (HPV). A iniciativa da Secretaria
Municipal da Saúde (SMS) está oferecendo para a população LGBTQIAPN+, pela
primeira vez na Capital, o teste por biologia molecular. A coleta será
realizada pelos próprios usuários, de forma segura e orientada, com a análise
dos resultados sob responsabilidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O
exame por autocoleta está disponível em três postos de saúde da capital: Dr.
Antônio Ciríaco de Holanda Neto (R. Gomes Brasil, 555, Parangaba); Dom Aloísio
Lorscheider (R. Betel, 1895, Itaperi) e Pedro Sampaio (R. Iracema, 1516, Conj.
Palmeiras). O serviço é voltado especialmente para pessoas LBT (Lésbicas,
Bissexuais e Trans) com útero, como forma de ampliar o acesso ao rastreio do
câncer de colo do útero de maneira segura, acolhedora e respeitosa.
O
atendimento é realizado mediante agendamento prévio no Núcleo de Apoio ao
Cidadão (NAC), sendo necessário apresentar documento de identidade original.
Pessoas trans têm direito ao uso do nome social, e, caso ele ainda não conste
no prontuário, é possível solicitar a atualização no momento do atendimento. Ao
todo, estão sendo ofertados 600 kits de autocoleta, por meio de uma parceria
com a pesquisadora Renata Eleutério e a Fiocruz.
Para o
coordenador das Redes de Atenção Primária e Psicossocial, Erlemus Soares, a
oferta desse exame representa uma inovação com impacto direto na ampliação do acesso.
“Estamos ofertando na rede pública uma tecnologia mais sensível, segura e
acessível, que respeita a autonomia das mulheres e de todas as pessoas com
útero. É mais um avanço de Fortaleza na promoção da equidade e na prevenção do
câncer de colo uterino”, afirma.
A
oferta desse serviço reduz barreiras de acesso e representa um avanço
importante na prevenção do câncer do colo do útero, pois a autocoleta amplia o
acesso ao rastreio, especialmente entre pessoas que enfrentam dificuldades para
realizar o exame preventivo convencional.
Inovação
A
medida antecipa as diretrizes do Ministério da Saúde (MS) que irá incorporar ao
SUS, neste ano e em todo o país, o teste molecular de DNA HPV com autocoleta.
Diferente do exame citopatológico tradicional, que identifica alterações nas
células do colo do útero, o teste de biologia molecular com autocoleta detecta
diretamente a presença do DNA do vírus HPV, permitindo maior sensibilidade na
identificação de infecções de risco. Além de contribuir com a promoção da
autonomia e do cuidado íntimo com respeito e privacidade.
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