O
Cinema do Dragão – que integra o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura,
equipamento da Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do
Ceará (Rece), vinculado à Secult Ceará e gerido pelo Instituto Dragão do Mar –
dá continuidade à programação de julho com novas estreias que reforçam a
diversidade de olhares e temas presentes em sua curadoria.
Na
sala 1, estreia "Pedaço de Mim", novo longa da diretora Anne-Sophie
Bailly. Protagonizado por Laure Calamy. O filme acompanha Mona, uma mulher de
60 anos que precisa ressignificar sua vida ao descobrir que seu filho Joël, um
homem com deficiência intelectual, será pai. Ainda na mesma sala, o premiado
drama norueguês “Dreams”, dirigido por Dag Johan Haugerud, traça um retrato
comovente de três mulheres em diferentes momentos da vida, envolvidas por descobertas, lembranças e silêncios.
Já na
sala 2, na quinta-feira (10), às 19h, acontece a estreia comentada de “Yõg
ãtak: Meu Pai, Kaiowá”, obra dirigida pelas lideranças indígenas e artistas
visuais Sueli Maxakali e Isael Maxakali, e com a codireção dos pesquisadores e
antropólogos Roberto Romero e Luisa Lanna, esta última que estará presente e
participará de bate-papo com o público após a sessão. O filme acompanha a
jornada de Sueli Maxakali em busca do pai, Luis Kaiowá, de quem foram separadas
durante a ditadura militar no Brasil.
Na
Sessão Vitrine Petrobras, “Saneamento Básico, o Filme”, com direção de Jorge
Furtado, retorna às telas com ingressos promocionais: R$ 12,00 (inteira) e R$
6,00 (meia). A comédia, que se tornou um clássico do cinema brasileiro,
acompanha os moradores de uma pequena comunidade tentando produzir um filme de
ficção para conseguir verba pública — uma sátira ágil e crítica sobre
burocracia e políticas públicas, reunindo Fernanda Torres, Lázaro Ramos, Camila
Pitanga, Wagner Moura e grande elenco.
As
sessões regulares do Cinema do Dragão acontecem de quarta a domingo, com
ingressos a R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (meia). Às terças-feiras, os valores
são promocionais: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). Os ingressos podem ser
adquiridos com antecedência pela bilheteria online
(ingresso.com/cinema/cinema-do-dragao) ou diretamente na bilheteria física do
Cinema do Dragão.
Estreias
Na
Sala 1, estreia “Pedaço de Mim”, novo longa da diretora Anne-Sophie Bailly.
Protagonizado por Laure Calamy. O filme oferece um olhar delicado e comovente
sobre maternidade, autonomia e inclusão. A trama acompanha Mona, uma mulher de
60 anos que precisa ressignificar sua própria vida quando descobre que seu
filho Joël, um homem com deficiência intelectual, será pai. Confrontada com um
futuro inesperado, Mona vê seu cotidiano se transformar e se depara com
questões profundas sobre cuidado, liberdade e o direito ao amor. Com uma
abordagem sensível e performances marcantes, “Pedaço de Mim” propõe uma
reflexão potente sobre relações familiares e os limites — e possibilidades — do
afeto.
Também
na sala 1, entra em cartaz “Dreams”, filme vencedor do Urso de Ouro (melhor
filme no Festival de Berlim). Dirigido pelo norueguês Dag Johan Haugerud,
“Dreams” marca o capítulo final da trilogia “Sex”, Love e Dreams”, que mergulha
nas complexidades das emoções humanas e dos laços afetivos. No filme,
acompanhamos Johanne, uma jovem em pleno despertar sexual ao se apaixonar
intensamente por sua professora. Para processar seus sentimentos, ela os traduz
em palavras, preenchendo as páginas de seu diário com uma escrita vívida e
arrebatadora. Quando a mãe e avó de Johanne descobrem o texto do diário,
enxergam nele uma obra digna de publicação, sem perceber que, para a jovem,
aquelas palavras não eram literatura, mas a única maneira de preservar a chama
de um amor impossível. Nesse embate geracional, três mulheres confrontam suas
visões sobre amor, sexualidade e auto descoberta, transformando suas relações para
sempre. Em “Dreams”, nem todo amor está
pronto para ser lido, mas, entre mãe, filha e avó, um diário é capaz de
transformar tudo o que elas pensavam saber sobre o amor.
Na
sala 2, estreia YÕG ÃTAK: MEU PAI, KAIOWÁ, filme dirigido pelas lideranças indígenas
e artistas visuais Sueli Maxakali e Isael Maxakali, e com a codireção dos
pesquisadores e antropólogos Roberto Romero e Luisa Lanna. No dia da estreia,
quinta-feira (10), às 19h, a sessão contará com a presença de Luisa Lanna, que
além da direção, assina a montagem do longa.
YÕG ÃTAK: MEU PAI, KAIOWÁ retrata o reencontro entre pais e filhos
indígenas após quatro décadas de separação forçada pela ditadura militar. Com
um olhar próprio, a obra lança luz sobre a violência do Estado contra os povos
indígenas naquele período, capítulo da ditadura pouco retratado no cinema até
então. Falado nas línguas maxakali, guarani kaiowá e português, MEU PAI, KAIOWÁ
é atravessado pelos cantos tradicionais dos povos, enfocando também as lutas
enfrentadas por eles em defesa de seus territórios e de seus modos de vida. O
filme estreou no 57º Festival de Brasília, onde recebeu o prêmio de Melhor
Direção, além de ter sido exibido na 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, no 14º
Olhar de Cinema e no X CachoeiraDoc, onde recebeu o prêmio de Melhor Filme pelo
Júri Popular.
Após a
sessão, a codiretora e montadora Luisa Lannaparticipará de um bate-papo com o
público, compartilhando bastidores do processo criativo, os desafios éticos e
afetivos da produção e a importância de narrativas que partem das próprias
comunidades indígenas para a construção de novas formas de ver e contar a
história do Brasil. Será um momento para aprofundar reflexões sobre os temas do
filmea urgência da luta pelos direitos e pela visibilidade dos povos
originários.
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