A
busca por projetos que expressem identidade cultural e se integrem ao clima e
ao modo de vida brasileiros tem ampliado o espaço da brasilidade na arquitetura
residencial. O conceito parte de premissas como o uso de materiais naturais, a
valorização de soluções passivas de conforto e a criação de ambientes que
favoreçam a convivência e a fluidez entre áreas internas e externas.
De
acordo com o arquiteto Francisco Nasser Hissa, esse movimento reflete a forma
como o brasileiro organiza seu cotidiano. “A arquitetura residencial no Brasil
privilegia o uso de planos que criam sombra, a integração de espaços abertos
com áreas fechadas e uma fluidez entre as zonas íntimas e sociais, o que
reflete a informalidade e o calor das relações interpessoais”, explica.
A
tendência também acompanha mudanças no segmento de alto padrão, como no
empreendimento Altana Meireles, da Construtora Colmeia, desenhado por Hissa. O
arquiteto destaca que o entendimento de luxo passa por revisão. “Atualmente, o
luxo não é mais definido pela mera ostentação. A sofisticação na moradia
contemporânea reside em características como a alta qualidade construtiva, a
aplicação de tecnologia nos ambientes, a sustentabilidade e a contribuição para
a qualidade ambiental do entorno”, afirma. Para ele, esses parâmetros
estabelecem as bases do que se considera hoje uma residência de alto padrão no
país.
Inserido
nesse contexto, o Altana Meireles surge como exemplo da aplicação dessas
premissas. O empreendimento adota linguagem arquitetônica voltada à
durabilidade e ao diálogo com o ambiente onde está implantado, priorizando
regionalidade e materiais de caráter natural, em consonância com a crescente
busca por autenticidade e responsabilidade no setor.
O
arquiteto destaca ainda soluções voltadas à experiência do morador. “O
principal diferencial do Altana em relação a outros empreendimentos de alto
padrão de porte similar é a experiência de intimidade que oferece. Cada unidade
conta com um hall social privativo, atendido por dois elevadores,
proporcionando aos moradores um acesso mais seguro e ágil às suas residências”,
complementa.
A
incorporação de elementos de brasilidade, segundo ele, tende a ganhar ainda
mais espaço nos próximos anos, à medida que consumidores valorizam projetos
alinhados ao clima, às práticas sociais e à identidade arquitetônica do país.

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