De acordo com dados do relatório semanal do Ministério da Saúde,
divulgado na terça (10), o Brasil ultrapassou a marca de mil casos confirmados
ou prováveis de Mpox no país. Desde o início do ano, foram registrados 1.015
casos, número que supera o total de casos contabilizados ao longo de todo o ano
passado.
Causada pelo vírus monkeypox, a doença tem se destacado nos noticiários
por conta da onda crescente de ocorrências e dos sintomas ainda pouco
conhecidos pela população geral. A dermatologista Lia Albuquerque explica que
uma das principais manifestações da enfermidade ocorre na pele, que passa a ser
acometida por erupções cutâneas, feridas semelhantes à espinha, manchas
avermelhadas, bolhas com presença de pus e crosta, entre outros sintomas.
"A erupção cutânea é, sem dúvida, o sintoma mais marcante da Mpox.
Essas lesões passam por diferentes estágios, desde pequenas manchas até
pústulas e crostas, e podem aparecer em diversas partes do corpo, incluindo
rosto, palmas das mãos e solas dos pés”, explica a profissional, que ainda
ressalta que os gânglios linfáticos inchados e doloridos também são um indício
da doença, especialmente quando se manifestam na região inguinal. Para
diferenciar as lesões da Mpox de outras doenças de pele, como varicela ou
herpes, a Dra. Lia indica a necessidade
de um exame clínico detalhado por um profissional de saúde. Além disso, ficar
atento a outros sintomas como febre, dor de cabeça e fadiga pode auxiliar no
diagnóstico.
Apesar de não haver um tratamento específico para os sintomas, a
dermatologista orienta a melhor maneira de cuidar das lesões na pele: “A higienização
pode ser feita com água e sabão. Orientamos deixar a erupção secar e cobrir com
um curativo úmido para proteger. Também lembramos o paciente de evitar coçar os
ferimentos e não tocar as feridas nas bocas ou nos olhos. Uso de enxaguantes
bucais ou colírios são válidos, mas procure os que não contenham cortisona”,
pontua a especialista.
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