De 29
de junho a 1º de julho, o município de Crateús, a 350 quilômetros de Fortaleza,
recebe a etapa ginecológica da Expedição Cirúrgica 2025, uma iniciativa que
promove atendimento especializado gratuito e capacitação para profissionais da
rede pública de saúde. Pela primeira vez, o projeto conta com a participação da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e com o reforço da
Liga Acadêmica de Ginecologia Minimamente Invasiva (MIGS), da Faculdade de
Medicina (FAMED) da Universidade Federal do Ceará (UFC), que somam forças para
oferecer assistência ginecológica humanizada à população do interior cearense.
Durante
o evento, são realizados diversos tipos de exames, como ultrassons de mama,
tireoide, abdominal e abdominal total, além de ultrassons das vias urinárias e
transvaginais. Na policlínica, estão sendo executados pequenos procedimentos,
incluindo cirurgias dermatológicas, com a remoção de lesões com potencial
maligno. Já no hospital, diversas especialidades estão sendo atendidas, com
destaque para a cirurgia geral, que foca no tratamento de hérnias e correções,
e a cirurgia ginecológica, que se dedica ao tratamento de miomas e à correção
da endometriose. Após as cirurgias, os pacientes são encaminhados para a
enfermaria, onde a equipe realiza o monitoramento de sua recuperação,
acompanhando os parâmetros vitais até que recebam alta.
Nesta
edição, dois aviões transportaram cerca de duas toneladas de equipamentos e
insumos médicos, como torres de vídeo para cirurgias minimamente invasivas,
aparelhos de ultrassonografia, instrumentos e medicamentos.
“Essa
parceria com a USP em nome do Prof. Maurício Abrão, é um marco para a saúde
pública no interior do Ceará. Além do atendimento especializado, vamos promover
a capacitação da rede local, deixando um legado que vai muito além desses dias
de expedição”, destaca o coordenador da ação pela UFC, Dr. Leonardo Bezerra,
professor da Faculdade de Medicina da UFC e referência em saúde da mulher.
Isabella
Alves, integrante da Liga Acadêmica de Ginecologia Minimamente Invasiva (MIGS)
da UFC, destaca a importância da vivência prática no processo de formação
médica:
“Esse
momento é de aprendizado intenso. Passamos pelo acompanhamento dos exames de
ultrassom, seguimos com os pacientes na enfermaria observando a evolução dos
parâmetros clínicos e, agora, estamos indo para o centro cirúrgico. É uma
oportunidade valiosa para quem está na graduação ou na especialização”, afirma.
“É um
projeto feito por mulheres e para mulheres. Precisamos continuar ampliando,
para que mais pessoas tenham acesso a esse cuidado”, destacou a prefeita de
Crateús, Janaína Marques.
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