Das
ruas movimentadas das feiras populares ao alcance viral do Instagram, a moda
acessível ganha protagonismo com uma nova geração que valoriza autenticidade,
criatividade e identidade local. Esse movimento tem encontrado voz em figuras
como Ana Sampaio, influenciadora digital e empresária de moda, que vem usando
sua trajetória para reposicionar a moda popular como sinônimo de estilo,
atitude e empoderamento econômico.
“Moda
popular é moda de verdade porque ela representa a vida real das pessoas. Não é
só sobre tendência, é sobre expressão. É sobre vestir e se ver”, afirma Ana,
que começou vendendo peças em feiras de bairro e hoje movimenta milhares de
seguidores com dicas, bastidores e conteúdos inspiradores sobre moda acessível.
O
crescimento do interesse por peças vendidas em feiras reflete uma mudança de
comportamento do consumidor brasileiro, especialmente entre jovens adultos e
mulheres das classes C e D. Em vez de buscar apenas marcas renomadas, esse
público está mais aberto à diversidade de estilos, preços justos e histórias
por trás das roupas. O resultado? Uma valorização cada vez maior dos espaços
antes vistos apenas como “alternativos”.
“A
gente aprendeu a consumir com mais consciência, mas também com mais verdade.
Comprar na feira não é falta de opção, é escolha. É sobre apoiar quem está na
luta e, ao mesmo tempo, montar looks incríveis sem gastar muito”, reforça Ana,
que transformou sua barraca em um negócio lucrativo e uma plataforma de
influência.
Além
do apelo econômico, as feiras se tornaram um símbolo de resistência cultural e
empreendedorismo. São mulheres, muitas vezes mães e chefes de família, que
criam tendências longe dos holofotes da moda tradicional, mas com uma conexão
genuína com seu público.
A
atuação de Ana Sampaio e outras influenciadoras ligadas à moda popular vem
atraindo o olhar de marcas e veículos interessados em falar com um Brasil mais
real, mais diverso e mais potente. E o movimento só cresce. Segundo a recente
pesquisa realizada neste ano pela Associação Brasileira do Varejo Têxtil
(ABVTEX), 92% dos varejistas reportaram vendas superiores em comparação a 2024,
comprovando a tendência de crescimento.
“Moda
é pra todo mundo. E quando a gente se vê representada, tudo muda. Eu sou da
feira, eu sou da moda e tenho orgulho disso”, conclui Ana.
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