terça-feira, 2 de dezembro de 2025

BICICLETA ELÉTRICA EM FORTALEZA

Foto divulgação

Fortaleza deu um passo importante rumo à mobilidade urbana sustentável no final de novembro, ao avançar para a fase piloto do Edital de Inovação Aberta em Ciclomobilidade. O certame, que integra o primeiro Contrato Público de Solução Inovadora (CPSI) do município, selecionou três iniciativas para testes práticos, entre elas o projeto de Bicicleta Elétrica Compartilhada para Entregadores, desenvolvido pela Serttel. A solução busca reduzir a dependência das motocicletas no delivery, enfrentando problemas históricos da logística urbana, como custos elevados, riscos de sinistros e impactos ambientais.

Segundo a Serttel, 70% das entregas hoje ainda são realizadas por motocicletas, modalidade que expõe o trabalhador a riscos significativamente maiores: motociclistas têm 3,3 vezes mais chance de sofrer lesões e 1,8 vez mais risco de morte em sinistros de trânsito, quando comparados aos ciclistas. Além da insegurança, o custo mensal com manutenção e combustível pode consumir cerca de metade de um salário mínimo dos entregadores. Somam-se a isso os R$ 620 milhões gastos pelos cofres públicos em sinistros de trânsito apenas em 2021, além do impacto ambiental, já que viagens típicas emitem, em média, uma tonelada de CO por ano.

Como alternativa, a Bicicleta Elétrica do Entregador foi concebida como uma opção mais segura, confortável e econômica. A Serttel desenvolveu um protótipo de baixo custo de manutenção, maior autonomia e maior eficiência operacional para o delivery. O projeto pretende disponibilizar as bicicletas de forma compartilhada, com tarifas acessíveis para os entregadores, a partir de parcerias com empresas e prefeituras que subsidiem parte dos investimentos.

Após ouvir 45 entregadores em um levantamento de requisitos, o protótipo recebeu especificações de alta performance para o uso urbano, como velocidade máxima de 32 km/h, autonomia de 60 km, freios a disco dianteiros e traseiros, sistema de 7 marchas e GPS integrado para monitoramento. O modelo de negócio previsto sugere integrar as novas bicicletas ao sistema Bicicletar já existente na capital, oferecendo um plano especial com subsídio destinado a profissionais do delivery.

Com o projeto 3D finalizado e o primeiro protótipo físico construído, a iniciativa da Serttel avança para a fase de testes em campo. A previsão é que a pilotagem comece em dezembro de 2025, envolvendo cinco entregadores que utilizarão as bicicletas diariamente. Durante essa etapa, serão avaliados fatores como autonomia, conforto, desempenho, frenagem e robustez em condições reais de uso. O avanço para a fase piloto do CPSI de Ciclomobilidade reforça o protagonismo de Fortaleza na inovação de soluções de transporte.

“Este projeto vai muito além de uma bicicleta, é uma solução de mobilidade que transforma a vida do entregador. Enfrentamos a problemática do alto risco de sinistros e dos custos elevados que consomem metade do salário mínimo desses profissionais. Nossa bicicleta elétrica oferece mais segurança, autonomia de 60 km e um modelo compartilhado de baixo custo. Com a fase piloto, avançamos para provar que a inovação, através de parcerias estratégicas, é o caminho para uma Fortaleza mais segura, sustentável e economicamente justa para quem vive de delivery”, destaca Israel Leite, Diretor Comercial da Serttel.


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BICICLETA ELÉTRICA EM FORTALEZA

Foto divulgação Fortaleza deu um passo importante rumo à mobilidade urbana sustentável no final de novembro, ao avançar para a fase piloto d...