quarta-feira, 30 de julho de 2025

DISFUNÇÃO ERÉTIL

Foto divulgação

A disfunção erétil (DE), no passado estigmatizada pela expressão “impotência sexual”, chega a afetar metade da população masculina com mais de 40 anos, segundo o estudo Massachusetts Male Aging Study (MMAS). O problema pode se tornar um pesadelo na vida e na autoestima de muitos homens cisgênero, uma vez que, na nossa cultura, o desempenho sexual masculino ainda é visto como fator que define o quanto a masculinidade de um indivíduo é maior ou menor.

De forma didática, a ereção consiste no enrijecimento e aumento do pênis que resultam do envio de mais sangue para o órgão quando o homem fica sexualmente excitado. Segundo o urologista Diego Capibaribe, as causas para este processo falhar são inúmeras, e vão desde as de natureza física - como problemas neurológicos, de circulação e distúrbios hormonais - , a causas de ordem psicológica: depressão, ansiedade e estresse.

A incidência da disfunção erétil tende a aumentar com a idade, mas este não é um processo inevitável do envelhecimento. “Muitos casos estão relacionados a doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial e problemas cardiovasculares, condições que comprometem a circulação sanguínea e a saúde dos nervos, ambos fundamentais para a função erétil”, explica Capibaribe.

Os primeiros sinais que devem ser observados e justificam procurar ajuda médica são a dificuldade frequente de ter ou sustentar uma ereção, a ocorrência de ereções mais flácidas e/ou menos rígidas, ejaculação rápida (não confundir com o distúrbio ejaculação precoce), demanda de maior concentração para obter uma ereção e queda do interesse sexual. Enfatiza-se que eventos esporádicos não são indicativos para fechar o diagnóstico da disfunção.

Em termos de tratamento, existem abordagens que variam de acordo com a causa do problema e a condição de saúde do paciente. “Mudanças no estilo de vida, como a prática de exercícios físicos, alimentação equilibrada, abandono do tabagismo e redução do consumo de álcool estão entre as soluções possíveis”, defende Capibaribe.

Caso o profissional urologista julgue necessário, pode prescrever medicamentos, injeções penianas, supositórios uretrais ou dispositivos de vácuo. A colocação de próteses penianas por meio de cirurgia é uma alternativa para casos mais severos. Quando a disfunção tem causas emocionais ou relacionais, é interessante que o paciente recorra ao acompanhamento psicológico ou psiquiátrico.

Ainda se fala pouco sobre a DE, e prova disso é que muitos homens passam pela condição sem sequer conversar a respeito com suas parceiras ou parceiros. Portanto, abordar o assunto é um poderoso antídoto contra a desinformação, o estigma e a vergonha, vilões do tratamento eficaz e do retorno a uma vida sexual satisfatória.


 

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