O rádio, uma das mídias mais
tradicionais do país, segue se reinventando e agora ganha ainda mais força no
ambiente digital. De acordo com pesquisa da plataforma Statista, 8 em cada 10
brasileiros ouvem rádio ao menos uma vez por semana. E, com o avanço do
streaming, esse hábito ganhou novas possibilidades.
Segundo levantamento da Kantar IBOPE
Media, 28% dos ouvintes já consomem rádio pelo YouTube, seja por meio de
transmissões ao vivo ou em formato apenas de áudio. Outros 12% acompanham a
programação por plataformas de streaming de música e podcasts, como Spotify,
Deezer e Amazon Music.
Para Carmen Lúcia, presidente da
Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert), essa
digitalização amplia o alcance e reforça o papel do rádio como meio acessível e
democrático.
“A digitalização do rádio representa
uma grande conquista tanto para os ouvintes quanto para as emissoras. Hoje, a
programação pode ser acessada de qualquer lugar, a qualquer momento, pelo
celular ou computador. Isso permite que o conteúdo vá além do ao vivo, mantendo
a conexão com o público”, afirma.
Esse movimento tem se intensificado nos
últimos anos. Ainda de acordo com a Kantar, o consumo de rádio online cresceu
186% no Brasil entre 2022 e 2024, um salto que evidencia a alta demanda por
conteúdo em áudio nas plataformas digitais.
“O rádio sempre esteve presente no
cotidiano das pessoas: no trânsito, no trabalho, em casa. Agora, com o
streaming, ele também está no bolso, nos fones de ouvido, a qualquer hora do
dia. Isso cria novas formas de conexão e mantém viva a relação de confiança que
o rádio construiu ao longo do tempo”, reforça a presidente da Acert.
A presença crescente do rádio nos
serviços digitais mostra que a mídia segue relevante, adaptando-se aos novos
hábitos de consumo sem perder sua essência. Com linguagem ágil e credibilidade
consolidada, o rádio continua ocupando um lugar de destaque na rotina dos
brasileiros, agora, em novas plataformas e formatos.
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