A chegada da Inteligência Artificial
(IA) generativa está promovendo a mais significativa mudança no panorama da
comunicação política desde o advento das redes sociais. Se nas eleições
municipais de 2024 o uso da IA já se fez presente, com a Justiça Eleitoral
(TSE) buscando regulamentar o tema e proibir deepfakes, as eleições gerais de
2026 prometem ser o verdadeiro campo de testes para o impacto dessa tecnologia
na democracia brasileira.
Especialistas e estrategistas preveem
que a IA não será apenas uma ferramenta auxiliar, mas o núcleo de novas
abordagens de campanha. Sua aplicação deve se intensificar no micro-segmento de
audiência, permitindo a criação de mensagens e conteúdos hiper-personalizados
que atingem o eleitor de forma individualizada e emocional, fugindo da
comunicação de massa tradicional. O desafio central de 2026 será a linha tênue entre
a personalização legítima e o uso indevido para a disseminação em larga escala
de desinformação e manipulação da percepção da realidade. O TSE já prepara uma
ofensiva contra o uso indevido, exigindo transparência e responsabilizando
plataformas.
Sobre essa transformação, Stênio Muniz,
CEO da 2SMKT, empresa que se destacou no
pleito de 2024 com campanhas gerenciadas em quatro estados, e observador atento
das tendências tecnológicas, afirma que a mudança é inevitável, mas exige
responsabilidade. "A Inteligência Artificial é, primariamente, uma
ferramenta de otimização de estratégia e eficiência operacional nas campanhas.
Em 2026, ela será fundamental para a leitura preditiva do comportamento
eleitoral. No entanto, o fator humano é insubstituível.”

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