Ocorreu
no último sábado, 30, em Sobral, a exposição “Anamburucu - A mais velha das
mães d’água”, um projeto do artista e sereeiro, Davi Ângelo. A mostra
apresentou sete pinturas de figuras místicas e uma escultura em tamanho real de
uma sereia que dá nome ao trabalho. Este é um projeto apoiado pela Secretaria
de Cultura do Estado do Ceará, que busca celebrar a rica cultura nascida e
criada no rio. A exposição teve uma exibição única, e focou disponível na
margem esquerda do rio Acaraú.
Os
desenhos da exposição foram produzidos em nanquim sobre papel, passando, em
seguida, por um processo de impressão em tecido branco. Já a estrutura da canoa
que participou da exposição, foi construída por um artesão com madeiras
tradicionais do ‘feitio’ dos barcos da região. O feitio da canoa é como se
chama uma série de características típicas das construções de determinado local
ou mestre canoeiro. A obra principal é o corpo de uma sereia produzida com
textura de pele ressecada com porcelana fria, produzida por Davi Ângelo.
“Essa
exposição é um resgate da cultura dos povos ribeirinhos. As lendas folclóricas,
as figuras místicas do rio, os pescadores, canoeiros, todos representam pontos
de inspiração e história na obra como um todo. É uma homenagem e uma celebração
criativa da importância sócio-econômico-cultural de quem vive e faz o rio”,
explica o artista.
Sobre
o artista
Davi
Ângelo é um artista plástico, performer e pesquisador cearense, membro do
coletivo artístico Klangopreá. Iniciou a trajetória artística em 2009, partindo
de experimentações com a argila que retirava do açude Araras e dos rios que
desaguam nele, próximos à comunidade onde vivia, em Pires Ferreira-CE. Há 14
anos estuda sobre o folclore brasileiro, pesquisa que serviu de base e
inspiração para suas últimas obras.
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