Em um
cenário de inflação controlada, crédito mais restrito e reforma tributária em
fase de implementação, o planejamento tributário deixou de ser um diferencial
competitivo para se tornar uma questão de sobrevivência para empresas
brasileiras, especialmente as de pequeno e médio porte.
De
acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e
Tributação (IBPT), empresas que realizam planejamento fiscal eficaz podem
reduzir entre 8% e 20% de sua carga tributária anual de forma legal,
aproveitando incentivos, regimes adequados e benefícios fiscais.
“A
falta de planejamento fiscal é um dos maiores gargalos financeiros das empresas
brasileiras hoje. Muitos empreendedores pagam mais tributos do que deveriam
simplesmente por desconhecerem o regime mais adequado para sua atividade”,
afirma o contador Davi Vasconcelos, diretor da Norral Contabilidade.
*Simples
Nacional nem sempre é a melhor escolha*
Segundo
Davi, é comum que empresários escolham o Simples Nacional por achar que é mais
vantajoso, mas, dependendo do faturamento, do número de funcionários e da
atividade, o Lucro Presumido ou até o Lucro Real podem representar uma economia
significativa.
“Já
atendemos empresas que, ao migrar de regime, economizaram mais de R$ 100 mil em
tributos ao ano. Isso não é sonegação, é estratégia, é inteligência contábil
aplicada ao negócio”, explica o diretor da Norral.
Novo
cenário: Reforma _Tributária e aumento da fiscalização digital_
Com a
chegada da Reforma Tributária, que substituirá tributos como PIS, Cofins e ICMS
pelo IBS e a CBS, muitas empresas precisarão rever completamente suas práticas
fiscais. Ao mesmo tempo, a Receita Federal avança com cruzamentos automáticos
de dados em tempo real, exigindo maior precisão e transparência na escrituração
contábil.
“Não é
mais possível improvisar. O contador moderno precisa ser parceiro estratégico
do empresário. Um erro ou atraso hoje pode gerar bloqueios, autuações e perda
de acesso a crédito e licitações”, alerta Davi.
_Contabilidade
estratégica: do reativo ao proativo_
A
contabilidade consultiva ganha força nesse contexto. Em vez de apenas cumprir
obrigações fiscais, os contadores vêm assumindo o papel de orientadores
financeiros, identificando oportunidades legais de economia e crescimento.
“O
contador não é só quem entrega guias. Ele é quem pode te mostrar onde está o
dinheiro perdido dentro da sua própria empresa”, reforça o diretor da Norral
Contabilidade.
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