O
varejo de materiais de construção vive um momento positivo no Ceará,
impulsionado principalmente pela atuação de pequenos e médios lojistas. O
segmento encerrou 2024 com alta de 4,9% no Brasil, segundo a Associação
Nacional de Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), e as projeções
para 2025 indicam um crescimento de 2,5%. No Ceará, o desempenho tem sido ainda
mais expressivo: nos primeiros quatro meses de 2025, o setor cresceu 18%,
segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Esse
cenário otimista reflete o fortalecimento da cadeia da construção civil,
especialmente nas regiões Norte e Nordeste. A confiança do setor aumentou nos
últimos meses de 2024, período em que o Nordeste registrou o maior índice de
expectativa de vendas do país, segundo a Anamaco.
“O
avanço de programas habitacionais, a queda do desemprego e o reaquecimento das
obras residenciais e comerciais têm favorecido diretamente o desempenho dos
pequenos e médios lojistas, que hoje respondem por boa parte do abastecimento
do mercado”, comenta Victor Maia, diretor-executivo da Comercial Maia,
distribuidora de materiais de construção com sede em Maracanaú.
Um
reflexo direto dessa tendência foi observado no 4º Feirão de Negócios da
Comercial Maia. Realizado nos dias 11 e 12 de julho, o evento reuniu cerca de
1.200 participantes e movimentou a venda de mais de 9 mil itens, distribuídos
em 15 categorias de produtos fornecidos por 200 marcas parceiras.
Das
compras efetuadas durante os dois dias, 90% foram feitas por lojistas
varejistas, sendo 80% deles de pequeno e médio porte. A empresa reforça que seu
foco está no atendimento direto ao varejo, não operando com pequenas
distribuidoras. As construtoras responderam pelos 10% restantes.
As
categorias mais procuradas no feirão foram hidráulica (40% das vendas), pintura
(20%) e elétrica (20%), itens fundamentais para obras e reformas conduzidas por
pequenos empreendedores e consumidores finais.
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