Um
mergulho sensível no romance Começando Albertina (nossa vida no armário nos
anos 90, editora Editacuja,SP), de Deise Abreu Pacheco, explorando suas camadas
narrativas, memórias pessoais e geracionais a partir de práticas de leitura e
escrita criativa. Essa é a proposta da oficina que a autora ministrará nos dias
16 e 17 de junho, no período da tarde, no CCBNB, com inscrições gratuitas. Para
Deise Pacheco, pesquisadora, doutora, mestre e bacharel em artes cênicas pela
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com estágio em
filosofia pelo Søren Kierkegaard Research Centre, da Universidade de Copenhague
(Dinamarca), o objetivo é promover um espaço de fruição e criação literária,
com foco nas vivências LGBTQIAPN+, abordando temas como memória, afetos,
descobertas amorosas, cultura pop, viagens e experiências que marcam a formação
de uma identidade em movimento.
Durante
os encontros de dois dias (17 e 18/06), participantes serão convidadxs a
experimentar procedimentos de escrita utilizados no romance, como a poesia
blackout, entre outros exercícios de recriação textual e escrita
ficcional. Também serão trabalhadas as
músicas que compõem as trilhas sonoras presentes na obra, considerando-as como
elementos estruturais da narrativa, que amplificam seu potencial estético e
afetivo. As trilhas sonoras servirão de estímulo tanto para a leitura quanto
para a escrita de textos – poéticos, narrativos, híbridos – compondo uma escuta
sensível que dialoga com o universo da personagem e dxs participantes. A oficina é aberta a pessoas interessadas em
literatura, memória, afetos queer e escrita criativa, oferecendo um ambiente de
escuta e partilha, a partir da leitura coletiva do romance.
LANÇAMENTO
- No dia 18, após o final da oficina, às 19h, Deise Pacheco conversa com Mona
Gadelha sobre o livro e será aberta a sessão de autógrafos.
1.Oficina
de criação literária:
Dias
17 e 18 de junho de 2025 - terça e quarta-feira
Período
da tarde: 14 às 17h
2.Lançamento
do livro: Começando Albertina (nossa vida no armário nos anos 90)
Dia 18
de junho, às 19h
Ficha
Técnica
Convidada
| Deise Abreu Pacheco
Apresentação
| Mediação: Mona Gadelha
Produção
| Maira Sales
Realização
| Centro Cultural BNB Fortaleza
LINK
Inscrição Oficina Gratuita
https://outgo.com.br/oficina-de-leitura-e-escrita-sexualidade-amor-e-musica
MINIBIO
| DEISE PACHECO
Deise
Abreu Pacheco (Dedé) atua na fronteira entre artes cênicas, literatura e
filosofia. É doutora, mestre e bacharel em artes cênicas pela Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com estágio internacional em
filosofia pelo Søren Kierkegaard Research Centre, da Universidade de Copenhague
(Dinamarca), dedicando-se à pesquisa do âmbito existencial dos processos de
criação literário e artístico. Atualmente, desenvolve projetos com enfoque em
processos de criação no campo da leitura e da escrita na A Capivara Cultural
(“Cena em Prosa: a escrita como processo” e “NaLetra: núcleo de leitura d’A
Capi”). Integrou o corpo docente do programa de Pós-Graduação em Escrita
Criativa da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP, 2018-19). É autora de A
vida de Deise, com Ana Cláudia Romano Ribeiro (tirinhas, Hucitec, 2022) e de
Assistir e ser Assistida: vias e limites de uma estética existencial. Um
percurso por escritos de Søren Kierkegaard (Hucitec, 2021).
Rede
Social
https://www.instagram.com/pachecodeiseabreu/
Sinopse
do livro
(nascida
em 1972) No caminho da vida de uma mulher de quarenta e oito anos, o casamento.
Seu casamento com outra mulher. Albertina quer contar a história de uma
geração, quando ali nada ou quase nada parecia existir sobre elas. E elas
existiam.”
Albertina
Medeiros de Castro é uma mulher paranaense de 48 anos que olha
retrospectivamente para sua vida e as descobertas sobre sua identidade neste
romance de fôlego raro: Começando Albertina : Nossa vida no armário nos anos
90. O livro traz à narrativa lugares,
experiências e personagens ficcionais e não-ficcionais com a envergadura de um
testemunho sofisticado e ao mesmo comum: a história de uma geração brasileira,
da infância nos anos de chumbo, sob a ditadura militar nos anos 1970, à
adolescência sob o aparecimento sombrio da epidemia mundial da AIDS até a
pandemia em 2020, sob a égide política da ultradireita. Os ambientes
universitários, as festas, a descoberta do mundo (e de si) e a música popular
brasileira (MPB), o rock e a música pop, referências afetivas que amarram essa
narrativa e nos transformam em testemunhas das aventuras de uma mulher que está
se fazendo.
Albertina
é concebida, antes de tudo, enquanto movimento, um incessante começar, que se
evidencia também nas múltiplas vozes e formas textuais que ela assume. O que
revela e o que esconde. O pessoal e o coletivo, que também dialoga com outras
escritas, particularmente de autoria de mulheres, como Paloma Vidal, Anne
Carson, Beatriz Bastos, Patricia Highsmith, Simone de Beauvoir e Virginia
Woolf. Assim, Começando Albertina é um
romance escrito no campo das realidades LGBTQIAP+ e, mais amplamente, no
contexto de uma geração que enfrentou muitos desafios para “ser” e cavou muitos espaços de reinvenção e reafirmação,
especialmente em um país patriarcal e homofóbico como o Brasil. Um livro para todas, todos e todes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário