Fortaleza sediou, nos dias 6 e 7 de junho, o "IV Congresso
Internacional: Novas Abordagens em Saúde Mental", um evento de relevância
global que reuniu especialistas, pesquisadores e instituições dedicados a
debater avanços e experiências transformadoras no campo da saúde mental, com
especial atenção à integração entre serviços e comunidades.
A psicóloga clínica infantojuvenil e neuropsicóloga Sarah Rebeca Viana
Barreto teve participação destacada no congresso, integrando a equipe de
apresentação do trabalho intitulado "Para além dos sintomas: um estudo de
caso sobre a complexa relação entre família e sofrimento mental na
adolescência".
Conduzido sob a ótica da Clínica Humanista Fenomenológica e desenvolvido
em coautoria com Ana Lívia Félix Viudez Barreto e Mariana Figueira de Pinho
Pessoa, o estudo analisou o percurso psicoterapêutico de uma adolescente que
manifestava sintomas de depressão e transtornos alimentares.
A pesquisa sublinhou que o sofrimento emocional transcende a compreensão
isolada dos sintomas, demandando uma análise aprofundada das dinâmicas
intersubjetivas e relacionais em que o jovem está inserido, particularmente no
âmbito familiar.
Fruto de três anos de acompanhamento clínico, o estudo enfatizou a
importância da escuta qualificada, da presença autêntica do terapeuta e da
aplicação de recursos expressivos na clínica infantojuvenil. Adicionalmente,
ressaltou a imperatividade de incluir a família no processo terapêutico,
reconhecendo-a não apenas como um ambiente, mas como um elemento ativo na gênese,
manutenção e superação dos sintomas.
“É essencial que profissionais da saúde mental estejam em constante
diálogo com pesquisas e experiências que nos convidem a enxergar o sujeito em
sua totalidade — para além dos sintomas — e sempre em relação com seus múltiplos
contornos," destacou a psicóloga Sarah Rebeca.
Segundo a profissional, sua participação também reitera seu compromisso
com uma prática profissional ética e empática: "Promover esses estudos e
apresentá-los para outros profissionais em eventos tão importantes como este
congresso são ações que fazem parte das abordagens contemporâneas que utilizo
no dia a dia com os pacientes. É necessário reconhecer a complexidade do
sofrimento psíquico, especialmente na fase da adolescência, e buscar métodos que
ajudem os profissionais a encontrar sempre o melhor tratamento para essa faixa
etária," completa.
O congresso, reconhecido como um espaço primordial para a troca de
conhecimentos e construção colaborativa, proporcionou reflexões cruciais sobre
o cuidado em saúde mental, reforçando a urgência de práticas mais humanizadas,
integradas e sensíveis às particularidades de cada indivíduo e contexto.
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