No mês
da campanha de prevenção ao suicídio, as emoções humanas ganham ainda mais foco
com o debate sobre suas consequências no corpo humano. De acordo com a
dermatologista Lia Albuquerque, a relação entre as emoções e as doenças de pele
é um campo de estudo em constante evolução e o estresse emocional pode atingir
a camada superficial cutânea de diversas formas.
A
especialista explica que coceira, manchas avermelhadas ou esbranquiçadas,
ardências, queda de cabelo e reações no couro cabeludo são algumas das
manifestações que, normalmente, são agravadas por doenças como ansiedade,
depressão e síndrome de burnout. Estes sintomas podem evoluir para questões
dermatológicas mais sérias, podendo ser gatilhos ou fatores de piora para
algumas doenças, como psoríase, caracterizada pela presença de manchas róseas
ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas, e dermatite atópica,
que atinge crianças com mais frequências, provocando ressecamento e coceira na
pele.
"Ainda
há muito o que se descobrir sobre os mecanismos exatos que ligam a mente ao
corpo, mas sabemos que eles existem e que causam impactos diretos nos
pacientes", pontua a profissional. Fica claro que o cérebro e a pele se
conetam, por isso a medicina e a dermatologia já pautam que reações nervosas
podem despertar infecções como a do herpes-zóster, que ataca os nervos
periféricos e a pele.
Em
casos de crises já instauradas, a dermatologista orienta que os pacientes não
demorem a buscar ajuda do dermatologista e que evitem passar produtos sem
prescrição médica nas feridas, bolhas ou áreas com coceiras. “Vemos muitos
tutoriais com dicas de como lidar em casos de reações adversas no corpo, mas é
necessário não agir por impulso e tomar cuidado com o que se passa nas áreas
sensíveis. Nestes casos, buscar fontes oficiais ou marcar uma consulta médica
quanto antes são os passos mais indicados a seguir”, ressalta.
Além
disso, cuidar da saúde também é primordial para manter a pele sadia: “É
fundamental também cuidar da saúde mental para garantir que esses problemas não
aconteçam com frequência ou não se agravem com o passar do tempo. Além de
buscar rapidamente o acompanhamento profissional, é indicado manter uma rotina
de cuidados saudáveis com a pele que ajudam a prevenir crises mais fortes ou
com dores em excesso”, destaca Lia Albuquerque.
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