quinta-feira, 27 de novembro de 2025

ARQUITETURA 2026: A ASCENÇÃO DA AUTENTICIDADE E O FIM DA ESTÉTICA PADRONIZADA

Foto divulgação

O setor de arquitetura e design de interiores está vivenciando uma transformação radical. Se nos últimos anos a cena global foi dominada por estilos homogêneos e "instagramáveis", como o minimalismo escandinavo e o industrial puro, o ano de 2026 marca a ruptura definitiva com a padronização. A nova tendência é, paradoxalmente, não seguir tendências, priorizando a singularidade e a expressão pessoal.

A linha fina desta revolução é clara: consumidores buscam autenticidade, identidade regional, ambientes afetivos e composições únicas, marcando uma ruptura com a estética padronizada dos últimos anos.

Singularidade na Arquitetura

Pesquisas recentes indicam uma "Fadiga da Padronização" (The Standardization Fatigue). O Relatório Global de Tendências de Design 2025 da WGSN/Nelly Rodi aponta que mais de 70% dos consumidores de alto poder aquisitivo priorizam a “singularidade e o toque artesanal” em seus projetos, rejeitando móveis de produção em massa e layouts genéricos.

"O morador não quer mais uma casa que parece ter saído de um catálogo de revista genérico. Ele quer um espaço que conte a sua história, que celebre suas raízes e que promova bem-estar emocional," afirma Joana Rezende, arquiteta com MBA em Construções Sustentáveis.

O Resgate da Identidade Local

A busca por personalidade se manifesta no forte movimento de resgate da identidade e da regionalidade. Materiais nativos, técnicas artesanais e cores que remetem à cultura local estão sendo incorporados em projetos de vanguarda. Dados da Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD) revelam um crescimento de 45% na procura por peças de artesanato e móveis de design assinado nacionalmente nos últimos dois anos, em detrimento da importação e da mobília industrializada.

O conceito de "Design Geográfico" está em alta, unindo a sustentabilidade da matéria-prima local à valorização da memória cultural, criando ambientes que são, ao mesmo tempo, contemporâneos e profundamente enraizados.

Neuroarquitetura e o Ambiente Afetivo

A arquitetura de 2026 também está intrinsecamente ligada à saúde mental. A Neuroarquitetura ganha força, com o foco em projetar espaços que influenciam positivamente o humor e a produtividade. Objetos herdados, coleções pessoais e cores que ativam a memória afetiva tornam-se elementos essenciais no que está sendo chamado de "Ambiente Afetivo".

Segundo o Global Wellness Institute, projetos que incorporam a biofilia (conexão com a natureza) e otimizam a luz natural têm sido associados a uma redução de até 15% nos índices de estresse relatado pelos moradores, reforçando que a casa se torna, cada vez mais, um santuário de bem-estar.

Saiba mais sobre Joana Rezende

Arquiteta formada pela UFBA (2009) com MBA em Construções Sustentáveis (2016). Em 2013, foi uma das sócias fundadoras do Atelier Plural e, entre 2016 e 2017, atuou como professora na Faculdade de Arquitetura da UFBA. Mudou-se de Salvador para o Eusébio em 2018 e, em 2019, ministrou o curso online ZOOM Arquitetura em Detalhes. Seu escritório teve crescimento significativo em 2020, sendo reconhecida em 2022 com o Certificado Top1 pela Confiança Pesquisas. Em 2024, concluiu formação em Perícia e Avaliação de Imóveis e curso de paisagismo biofílico com Guilherme Takeda. Em 2025, integra o elenco de arquitetos da CASACOR Ceará.


 

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