Com
ênfase em networking e na troca de experiências, o evento "O futuro da
indústria começa com as conexões que fazemos hoje", realizado nesta
quinta-feira (dia 8), na sede do Instituto Atlântico, em Fortaleza, reuniu
representantes da ArcelorMittal, gestores do Atlântico e equipes de startups,
para debater e apresentar soluções inovadoras que possam contribuir para a
inovação de produtos e processos na indústria. O ponto de partida do encontro,
realizado em parceria com a ArcelorMittal, a Casa Azul e o PRAIA (Veículo de
Empreendedorismo e Inovação do Atlântico), foi a mesa redonda "O papel
estratégico da inovação aberta no crescimento sustentável e competitivo da
indústria".
“Podemos
pensar em várias definições para inovar. A mais clássica é o conceito de um
processo que melhora produtos e serviços. Mas eu gosto muito de uma definição
do Silvio Meira: inovar é emitir mais e melhores notas fiscais. Se a gente
emite mais notas, provavelmente estamos vendendo mais, e mais do que a
concorrência. Se estamos emitindo notas melhores, provavelmente estamos
conseguindo agregar mais valor ao nosso produto, para o nosso cliente. E a
inovação aberta nada mais é do que isso, contar com a ajuda e a parceria de
agentes internos e externos à nossa organização para melhorar”, comentou
Rodrigo Nóbrega, CEO da Anula Multa e mediador da mesa redonda.
Para
Vânia Neiva, Gerente Geral de Infraestrutura, oficinas e manutenção central da
ArcelorMittal, a possibilidade de estabelecer conexões é uma das principais
vantagens trazidas pela inovação aberta. “Podem ser conexões entre a indústria
e o ecossistema digital, que envolve hubs de inovação, startups, academias e
centro de pesquisas, e não só externo, mas internamente também, com a parceria
entre os setores da empresa. É a possibilidade de pensar fora da caixa,
trazendo soluções disruptivas para o nosso negócio”, observou.
Nova
visão
Fabíola
Murta, Gerente de transformação digital da ArcelorMittal, afirmou que o
conceito de inovação mudou, de alguns anos para cá, exigindo uma nova visão por
parte de empresas e fornecedores de soluções. “Quando a gente ia em busca de
alguma solução, eu já a definia e quando alguém trazia algo, muitas vezes a gente
nem queria a opção colocada, nem levava consideração. Atualmente, quando tenho
problemas e desafios, vamos atrás de quem possa discutir e construir
alternativas. Na nossa indústria, a gente não coloca preço nos nossos produtos,
trabalhamos com a gestão de custos. Por isso, precisamos buscar soluções que
tragam resultados, com mais qualidade e menos custos”, definiu.
“No
Instituto Atlântico, entendemos que se queremos, de fato, inovar, não
conseguimos fazer isso sozinhos. Quando a gente começa a trabalhar com inovação
aberta, começa a trazer mais simplicidade nesse processo de inovação.
Exatamente porque eu sou muito bom em uma coisa, mas posso contar com parceiros
fora da organização, em todas as áreas de atuação. Todos podem trazer seus
conhecimentos, como a universidade, que é um celeiro de inovação tecnológica, e
as empresas, que se conectam com as dores do dia a dia, e também os centros de
pesquisa, que desenvolvem a tecnologia para levar até o mercado. E tudo isso só
pode ser feito quando se trabalha em colaboração”, disse Alex Monteiro,
Coordenador de P&D do Instituto Atlântico.
Gabriel
Gurgueira, Head de aceleração de impacto da Casa Azul, comentou que lidar com a
inovação pode trazer novas habilidades e despertar potencialidades dos
colaboradores. “Assim aconteceu comigo. Quando comecei na Casa Azul, eu era uma pessoa de conhecimento técnico e
tecnológico, mas não entendia nada de gestão e do ecossistema de inovação. E a
Casa Azul trouxe esses pontos de conexão, para que eu percebesse todas as
etapas do negócio, ter uma pegada de business, de gestão, de entender de que
forma podemos nos conectar. Hoje, temos esse propósito de atuar principalmente
no eixo Norte e Nordeste, ajudando empreendedores que têm negócios de inovação,
a conquistar o seu espaço no mercado”, descreveu.
Apresentação
Um dos
pontos altos do evento foram as apresentações de startups indtechs e
peopletechs para os representantes da Planta Pecém da ArcelorMittal. As
startups que expuseram suas soluções foram Lovel, Anula Multa, Inspace, Stam,
Up Owl ,YBY, Lummenz, Witto, Eduvem e Bugaboo. Cada uma delas trouxe uma
solução que pode atender a alguma necessidade do setor industrial.
Em
seguida, as startups e os representantes da ArcelorMittal tiveram rodadas de
negócios, para que pudessem tirar dúvidas e esclarecer melhor o funcionamento
de cada uma delas. O objetivo foi o de proporcionar a conexão das startups com
a siderúrgica, que é uma das maiores produtoras de aço do mundo. A empresa
opera em mais de 60 países, produzindo uma ampla gama de produtos de aço para
diversos setores. No Ceará, a ArcelorMittal tem uma usina siderúrgica
localizada no Pecém que produz aços longos para o mercado de construção civil,
contribuindo para o desenvolvimento econômico do Estado.
“Participar
de momentos como esse também é inovar, é mudar o mindset, e reverberar essa
experiência para as nossas equipes e colaboradores. A ArcelorMittal é uma
empresa com o DNA da inovação, e ficamos satisfeitos por fazer essa conexão com
o ecossistema local de tecnologia, conhecendo tantas soluções trazidas pelas
startups”, avaliou Fabíola Murta, Gerente de transformação digital da
ArcelorMittal.
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